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AFP - Universidade Estatal da Pensilvânia acusada de acobertar pedofilia

13:25 | 16/07/2012

WASHINGTON (EUA), 16 Jul 2012 (AFP) - Dirigentes da Universidade Estatal da Pensilvânia (leste), cuja equipe de futebol americano foi abalada por um escândalo de pedofilia, foram acusados de terem encoberto estes crimes e de terem mostrado "total desprezo" pelas vítimas.

Um relatório interno, publicado na quinta-feira passada e resultado de uma investigação de oito meses realizada pelo ex-diretor do FBI Louis Freeh, menciona "as pessoas mais poderosas" da Universidade Estatal da Pensilvânia, incluindo seu presidente e o lendário treinador de futebol americano Joe Paterno, que morreu em janeiro de câncer.

Seu assistente, Jerry Sandusky, de 68 anos, acusado de agressões sexuais contra ao menos dez adolescentes cujas idades eram de cerca de 15 anos, incluindo seu filho adotivo, entre 1994 e 2008, foi declarado culpado no dia 22 de junho e condenado a 156 anos de prisão.
O caso comoveu os Estados Unidos e ofuscou a imagem da instituição educacional.

O relatório acusa funcionários de alto escalão da universidade de encobrir estes crimes.
"Eles não mostraram empatia alguma com relação às vítimas de Sandusky, sem nem sequer perguntar por sua segurança ou seu bem-estar", ressalta o relatório, apontando que a universidade parecia mais preocupada pela "publicidade ruim" causada pelo caso do que por ajudar as jovens vítimas.

"Durante 14 anos, os homens mais poderosos da Universidade Estatal da Pensilvânia evitaram adotar qualquer medida para proteger os meninos vítimas de Sandusky", disse Freeh em uma entrevista coletiva.

A Universidade se comprometeu a "examinar atentamente" o relatório "antes de fazer qualquer anúncio ou recomendação".

O ex-treinador Sandusky levou adiante um programa dirigido a jovens carentes, através do qual escolheu suas vítimas.

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