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Suprema Corte britânica não reabrirá caso de Assange

13:52 | 14/06/2012
O Supremo Tribunal do Reino Unido rejeitou o pedido do fundador e editor-chefe do WikiLeaks, Julian Assange, de reabrir o caso de extradição contra ele, o que significa que ele pode ser enviado para a Suécia até o final do mês.

A Suécia pediu a extradição do australiano porque duas mulheres o acusam de ter cometido crimes sexuais durante uma viagem de Assange ao país em meados de 2010. O advogado das mulheres, Claes Borgstrom, disse à Associated Press nesta quinta-feira que a decisão "era óbvia e esperada, e foi adiada por muito tempo".

Numa decisão rápida, o tribunal rejeitou os argumentos de que a defesa de Assange não teve chance de examinar adequadamente das provas usadas pelos juízes para negar a apelação contra a extradição.

O resultado efetivamente encerra as opções legais de Assange no Reino Unido, onde ele luta contra o pedido de extradição desde o final de 2010. Assange ainda pode apelar ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo, mas especialistas dizem que ele teria poucas chances de sucesso naquela corte.

A advogada Jennifer Robinson, que representa Assange, disse que não está claro se o australiano de 40 anos vai apelar ao tribunal europeu. "Ainda estamos estudando", escreveu ela na rede social Twitter.

Assange nega ter cometido crimes na Suécia, afirmando que o sexo com as mulheres foi consensual. Ele e os apoiadores do WikiLeaks disseram que o caso é manipulado por pessoas irritadas com as revelações feitas pelo site e tem fins políticos.

O WikiLeaks é sido pelo maior vazamento de documentos secretos na história norte-americana, dentre eles cerca de 250 mil telegramas diplomáticos do Departamento de Estado.

O Tribunal Superior deu a Assange duas semanas de carência antes do início dos procedimentos para sua extradição. Assim que este período terminar, as autoridades têm dez dias para enviar Assange para a Suécia. Se o tribunal europeu não intervir, Assange pode ser expulso do Reino Unido entre 28 de junho de 7 de julho. As informações são da Associated Press.

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