China e Rússia discutem Irã e Síria na cúpula da OCX
As relações econômicas e estratégicas próximas da Rússia e da China com o Irã deverão ter um papel importante no encontro desta semana, embora a Síria também esteja na agenda. O Irã buscará mais apoio da Rússia e a China enquanto sofre crescentes pressões e embargos ocidentais por causa do programa nuclear. Índia, Paquistão e Mongólia também são Estados observadores na OCX.
Ahmadinejad deverá buscar mais garantias sobre os acordos de energia entre o Irã e a China, que compra grande parte do petróleo iraniano. A China reduziu suas compras no começo deste ano mas fontes familiarizadas com o assunto dizem que isso ocorreu devido a disputas de preços e não a pressões do Ocidente. O Irã é o terceiro maior fornecedor de petróleo da China, que no ano passado comprou 557 mil barris dos iranianos. O maior fornecedor de petróleo à China é a Arábia Saudita, seguida por Angola.
A China também deverá discutir com a Rússia a cooperação energética entre os dois países. Grandes projetos para levar o gás natural russo à China foram suspensos nos últimos anos. Isso decorreu, em parte, do fato de os russos desejarem que a China pague preços iguais aos que a Europa Ocidental paga pelo gás russo. A China tem evitado isso ao importar mais gás natural do Turcomenistão, do qual comprou 4,8 milhões de toneladas entre janeiro e abril deste ano, volume 75% superior sobre igual período do ano passado.
"Sobre a questão síria, China e Rússia têm mantido comunicação e coordenação tanto em Nova York, Moscou e Pequim", declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Liu Weimin, aos jornalistas.
"A posição dos dois lados é clara para todos - deve ocorrer o fim imediato da violência e o processo de diálogo político deve ser lançado o mais rápido possível", disse ele.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.