Ataque dos EUA pode ter matado número 2 da Al-Qaeda
Autoridades norte-americanas disseram que o alvo do ataque de a segunda-feira era Abu Yahya al-Libi. A ação foi realizada na vila de Khassu Khel, área tribal do Waziristão do Norte. As fontes norte-americanas, que falaram em condição de anonimato, disseram estar "otimistas" com a possibilidade de ele estar entre os mortos.
Militantes e moradores da região disseram a agentes paquistaneses que Al-Libi estava na casa quando ela foi atingida, afirmaram funcionários de inteligência, também em condição de anonimato.
Um veículo usado pro Al-Libi foi destruído durante o ataque, informou uma das fontes. Agentes interceptaram uma ligação telefônica de um militante que dava a entender que um árabe fora morto no ataque, mas não ficou claro se falavam sobre Al-Libi, que nasceu na Líbia.
Segundo um chefe local do Taleban, o motorista e um guarda-costas de Al-Libi foram mortos, mas o comandante da Al-Qaeda não estava no local. Al-Libi sobreviveu a um ataque anterior, disse o chefe taleban, falando em condição de anonimato, por temer ser atacado pelo Exército paquistanês.
Caso a morte de Al-Libi seja confirmada, ela será a última de uma lista de mais de uma dezena de comandantes graduados eliminados durante as ações clandestinas dos Estados Unidos contra a Al-Qaeda desde que um comando especial de fuzileiros navais matou Osama bin Laden no ano passado.
A Casa Branca mantém uma lista de alvos terroristas que devem ser mortos ou capturados. O documento é compilado por militares e pela CIA e por fim, aprovado pelo presidente. Os Estados Unidos intensificaram os ataques com aviões teleguiados no Paquistão, tendo realizado sete em menos de suas semanas.
Al-Libi assumiu o cargo de número 2 da rede quando o egípcio Ayman al-Zawahri passou a comandar a Al-Qaeda após a morte de Bin Laden. Dirigente de facto da rede terrorista, Al-Libi é responsável por coordenar as operações diárias do grupo nas áreas tribais paquistanesas e gerenciar grupos regionais ligados à rede terrorista. As informações são da Associated Press.