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AFP - OIT alerta sobre condições de trabalho nos territórios palestinos

O informe destaca alguns progressos, como um crescimento de 10,7% do PIB em 2011 graças, sobretudo, à atividade da construção em Gaza

11:23 | 04/06/2012

GENEBRA, 4 Jun 2012 (AFP) - A situação dos trabalhadores nos territórios palestinos é muito preocupante e continua sendo precária, segundo o relatório anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicado nesta segunda-feira e que será apresentado na Conferência Internacional do Trabalho.

"O otimismo do ano passado abriu espaço para um sentimento de pessimismo. O processo de paz nunca esteve tão bloqueado desde os acordos de Oslo de 1993", disse Kari Tapiola, conselheiro especial do diretor-geral da organização, em uma coletiva de imprensa.

Em um prefácio ao informe, o diretor-geral da OIT, o chileno Juan Somavía, assegura que esta situação é explicada por uma "combinação particularmente nefasta" que mistura "intransigência política, incapacidade dos atores externos para ajudar as partes (...) e incerteza sobre a reconciliação palestina".

O informe destaca alguns progressos, como um crescimento de 10,7% do PIB em 2011 graças, sobretudo, à atividade da construção em Gaza, alimentada pela chamada "economia dos túneis".

Em 2011, a taxa de desemprego nos territórios continuou elevada (21%, um total de 220 mil pessoas) mas um pouco menor que em 2010 (23,7%).

O desemprego atinge, sobretudo, os jovens. Em 2011, 53,5% das mulheres jovens e 32,2% dos homens jovens não tinham emprego, um número muito alto levando em conta que 71% dos palestinos têm menos de 30 anos.

Desde 1981, a OIT realiza todos os anos uma visita de uma semana aos territórios palestinos e em Israel e publica um informe para apresentá-lo na Conferência Internacional do Trabalho, que neste ano celebrará sua sessão número 101.

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