HAVANA, 29 Jun 2012 (AFP) - A nadadora britânico-australiana Penny Palfrey iniciou nesta sexta-feira o cruzamento a nado dos 150 km do Estreito da Flórida de Cuba aos Estados Unidos, em uma tentativa de aproximar estes dois países distanciados por causas políticas.

"Lindo dia", disse Palfrey, que não utiliza uma jaula antitubarões, antes de se lançar ao mar às 07h02 locais (08h02 de Brasília) a partir da Marina Hemingway, um clube de iates do oeste da capital cubana, para nadar entre 40 e 50 horas até Cayo Hueso, no sul da Flórida (sudeste dos Estados Unidos).

A nadadora, de 49 anos, chegou ao cais de carro vestida com um traje de banho azul, e com o rosto, pernas e braços cobertos com protetor solar. Colocou uma touca de borracha cinza e óculos de natação, antes de iniciar sua travessia sob um céu claro, cerca de meia hora depois do amanhecer.

Até agora ninguém conseguiu cruzar o Estreito da Flórida sem jaula antitubarões.

Em setembro do ano passado fracassou em sua terceira tentativa a americana Diana Nyad, de 62 anos, que também havia partido de Havana, depois de percorrer dois terços do trajeto.

Junto a Palfrey partiram dois iates, um caiaque e uma lancha com a equipe de apoio, integrada por seu marido, Chris Palfrey. Estas embarcações levam equipamentos de ultrassom para afugentar os tubarões.

Palfrey, que nasceu na Grã-Bretanha e se mudou para a Austrália aos 19 anos, é uma das melhores nadadoras em mar aberto do mundo e cruzou anteriormente ilhas do Caribe e do Pacífico sem proteção contra tubarões.