AFP - FBI investiga islamitas radicais no Exército
As "ameaças internas" procedem tanto de militares na ativa como de reservistas e, até mesmo, de civis que têm acesso às instalações militares
WASHINGTON, 26 Jun 2012 (AFP) - O FBI investiga quase 100 militantes islamitas extremistas que integrariam o Exército dos Estados Unidos, força abalada em 2009 pelo assassinato de 13 soldados em Fort Hood (Texas) por um militar vinculado à Al-Qaeda, informou a rádio pública NPR.
Uma dezena de casos, considerados graves, envolvem pessoas suspeitas de planejar atentados ou permanecer em contato com extremistas considerados perigosos, segundo a emissora.
As "ameaças internas" procedem tanto de militares na ativa como de reservistas e, até mesmo, de civis que têm acesso às instalações militares.
Procurado pela AFP, o Pentágono não comentou a informação.
Segundo a NPR, o FBI apresentou as informações durante uma reunião a portas fechadas com uma comissão conjunta de representantes e senadores.
"Em relação às milhões de pessoas que atuam no Exército ou que trabalham para empresas vinculadas à área de Defesa, os números em questão representam um pequeno percentual do total, mas de fato não foi necessária mais que uma pessoa, Nidal Hassan, para matar outras 13 e ferir muitas outras", disse o senador independente Joe Liberman, que preside a comissão.
Em novembro de 2009, o major Hassan abriu fogo contra os colegas na base de Fort Hood. A investigação demonstrou que o militar havia mantido correspondência com Anwar al-Aulaqi, o imã radical americano-iemenita ligado à Al-Qaeda morto em um ataque com aviões teleguiados no Iêmen em setembro de 2011.
O início do julgamento de Hassan em uma corte marcial está previsto para 20 de agosto.