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Obama recebe Bush na Casa Branca e evita críticas

18:05 | 31/05/2012

Washington, 31 Mai 2012 (AFP) - O presidente americano, Barack Obama, privilegiou o consenso nesta quinta-feira, 31, na cerimônia de inauguração do retrato de George W. Bush na Casa Branca, e evitou as críticas usuais à gestão de seu antecessor.

"Talvez tenhamos opiniões políticas diferentes, mas a presidência transcende estas diferenças. Todos amamos este país. Todos queremos que os Estados Unidos sigam em frente", disse Obama na apresentação dos retratos oficiais de Bush e sua mulher, Laura, que serão pendurados na Casa Branca.

Obama, em campanha por sua reeleição, não perde nenhuma chance de lembrar que herdou uma situação econômica catastrófica ao chegar à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2009. Mas nesta quinta-feira, preferiu dar destaque ao esforço do ex-governo republicano "para que a transição ocorresse da melhor maneira possível".

"Serei sempre agradecido por isso", disse Obama a Bush, descrevendo-o como alguém que "transmitiu uma resolução e uma força extraordinárias" aos americanos a partir das ruínas das Torres Gêmeas pouco depois dos atentados do 11 de Setembro.

"Dizem que uma pessoa não pode entender o que é ser presidente até se sentar atrás da mesa e sentir o peso da responsabilidade pela primeira vez. É verdade", disse Obama, para quem "nenhuma decisão é fácil, nenhuma escolha é gratuita neste cargo".

O retrato de Bush será pendurado na residência presidencial, onde já são exibidos retratos de alguns presidentes do século XX, desde John F. Kennedy até Bill Clinton.

Além de sua mulher, Bush estava acompanhado de seus pais - o ex-presidente George H.W. Bush e Barbara Bush - e outros parentes. Todos almoçaram na Casa Branca com a primeira-dama, Michelle Obama.

O presidente de número 43 brincou sobre as diferenças políticas com o sucessor democrata. "Estou feliz, presidente, já que, agora, o senhor poderá olhar para o meu retrato quando passar por estes aposentos e tiver que tomar decisões difíceis, e se perguntar: 'O que George teria feito em meu lugar?'".

Obama não costuma se referir a Bush diretamente, preferindo citar em seus discursos "as políticas injustas da década passada".

Desde que deixou a Casa Branca, em meio à pior crise econômica vivida pelo país desde os anos de 1970, e com a popularidade baixa, Bush se manteve afastado do debate político, exceto por sua queixa relacionada ao aumento dos impostos pagos pelos mais ricos que Obama propunha.

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