Na Grécia, principais partidos não terão maioria
O resultado seria uma esmagadora derrota em relação aos 77% de apoio que os dois partidos obtiveram nas eleições anteriores, ocorridas a menos de três anos. O resultado final das eleições deste domingo apontar um Parlamento extremamente fragmentado, refletindo o descontentamento da população com anos de austeridade econômica. De acordo com as pesquisas de boca de urna divulgadas logo após o encerramento das votações, às 14 horas (de Brasília), a Nova Democracia liderava com cerca de 20% dos votos.
A surpresa ficou por conta do partido Coalizão da Esquerda Radical ou Syriza, que se opõe ao programa de austeridade do governo grego e viu seu apoio mais do que triplicar, para 15,5% a 18,5% dos votos, tornando-se o segundo maior partido do Parlamento.
O Pasok caiu para o terceiro lugar atraindo cerca de 14% dos votos, segundo a mesma pesquisa. Mesmo que a Nova Democracia e o Pasok consigam renovar a coalizão após a votação deste domingo, terão maioria muito menor do que os 201 assentos que tinham juntos e com os quais comandaram o Parlamento. Ambos podem precisar de um terceiro parceiro para garantir que as novas reformas sejam aprovadas.
A eleição de hoje é a primeira desde o início da crise econômica da Grécia, no fim de 2009, e após o país receber dois pacotes de ajuda de seus parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar uma saída grega desordenada da zona do euro. As informações são da Dow Jones.