Itália: centro-esquerda avança em eleição municipal
"Tivemos uma derrota nessa eleição. Pagamos um preço que sabemos pagar pelo bem da Itália. Mas não foi uma derrota total", disse Angelino Alfano, secretário-geral do Partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano), de centro-direita e do ex-premiê Silvio Berlusconi. Alfano disse que o partido pagou o preço porque apoiou e apoiará até 2013 o governo do primeiro-ministro tecnocrata Mario Monti, que adotou fortes medidas de austeridade.
A Liga do Norte, partido de direita recentemente abalado por um escândalo de corrupção, só conseguiu eleger o prefeito de Verona, Flávio Tosi, com 55,7% dos votos no primeiro turno. Projeções feitas pelos institutos de pesquisa para a emissora estatal de televisão, RAI, indicam que haverá segundo turno em Gênova, onde o candidato de centro-esquerda Marco Doria obteve 46,5% dos votos (o candidato de centro-direita Enrico Musso obteve 16%); Palermo, capital siciliana onde o candidato de esquerda Leoduca Orlando (do partido Itália dos Valores) obteve 46% dos votos; e Parma, onde o candidato da centro-esquerda Vincenzo Bernazzoli conquistou 35,9% dos votos e seu adversário da centro-direita, Federico Pizzarotti, ficou com 19,9%.
Em Palermo, Orlando poderá enfrentar no segundo turno o candidato da centro-esquerda, Fabrizio Ferrandelli, que tinha nesta segunda-feira 16% dos votos. O candidato da centro-direita siciliana Massimo Costa obteve 15,4 dos sufrágios, segundo contagem parcial, e não deverá ir para o segundo turno.
"Os dados mostram que existe uma forte crise na centro-direita e no PDL, que em alguns municípios caíram para 10% dos votos, e também na Liga do Norte", disse Davide Zoggia, secretário para as prefeituras do Partido Democrático (PD), o maior da centro-esquerda.
As informações são da agência Ansa.