Iranianos vão às urnas no 2º turno de pleito parlamentar
Opositores conservadores do presidente Mahmoud Ahmadinejad já conquistaram a maioria absoluta dos assentos no novo Parlamento na primeira rodada das eleições, realizada em março. Apenas 65 das 290 cadeiras do Legislativo continuam em disputa.
Ahmadinejad e sua mulher, Aazam Farahi, votaram durante a tarde sem fazer qualquer declaração aos repórteres, numa atitude incomum do presidente, que geralmente é bastante falante.
Ahmadinejad, eleito para um segundo mandato em 2009 numa acalorada disputa com o apoio do clero, viu sua sorte mudar depois que ficou claro que ele desafiou a autoridade o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, em abril de 2011, e tentou aumentar a autoridade da presidência.
O novo Parlamento vai iniciar os trabalhos no final de maio. Ele não tem controle direto sobre importantes questões políticas como o programa nuclear iraniano, mas pode influenciar na seleção do sucessor de Ahmadinejad e de outras autoridades importantes e dar apoio às políticas de Khamenei.
A liderança iraniana têm mostrado o comparecimento às urnas - oficialmente de 64% no primeiro turno - como um sinal de confiança no sistema clerical e uma rejeição à pressão ocidental sobre a questão nuclear.
O Ocidente suspeita que o Irã tenha como objetivo a fabricação de armas nucleares e exige que o Irã pare de enriquecer urânio. Teerã afirma que seu programa tem apenas como alvo a geração de energia e pesquisas para o tratamento contra o câncer.
Dos 130 candidatos - dois para cada um das 65 cadeiras, 69 são conservadores que se opõem a Ahmadinejad, cerca de 26 são partidários do presidente e os restantes são de centro.
Embora Ahmadinejad deva concluir seu mandato, que termina em agosto de 2013, seus aliados foram retirados de postos-chave e sua influência política tem diminuído. As informações são da Associated Press.,