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Explosão de bomba mata 5 pessoas na capital síria

11:58 | 22/05/2012
Uma explosão em Damasco, capital da Síria, matou pelo menos cinco pessoas nesta terça-feira, informou a agência de notícias estatal Sana. No norte do país, ativistas relatam intensos confrontos entre desertores militares e soldados.

Não está claro qual foi o alvo do ataque. Autoridades de Damasco afirmam que foi uma delegacia, mas fotografias liberadas pela Sana mostram o que parece ser um restaurante. A região é considerada muito perigosa para que os jornalistas possam ir até lá.

O levante sírio teve início 15 meses atrás e há temores de que grupos extremistas estejam tentando entrar na briga e aproveitar o caos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o conflito tenha matado mais de 9 mil pessoas desde março do ano passado.

O conflito já ultrapassou fronteiras e se estendeu para o vizinho Líbano, país com o qual a Síria compartilha uma complexa rede de ligações políticas e sectárias, mas também rivalidades.

Grupos sunitas libaneses que apoiam e que se opõem ao regime de Damasco dispararam granadas propelidas por foguete e metralhadoras na manhã desta segunda-feira na capital libanesa, matando pelo menos duas pessoas, no mais sérios episódio de violência em Beirute desde o início do levante na Síria.

A violência teve início com o assassinato do xeque Ahmed Abdul-Wahid, um clérigo contrário à Síria, e seu guarda-costas, no norte do Líbano no domingo. Um soldado libanês atirou nos homens, aparentemente porque eles não pararam num posto de verificação militar. A morte irritou muitos libaneses em razão da percepção de que as forças de segurança libanesas apoiam o regime sírio.

Já o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, relatou a ocorrência de intensos confrontos nesta terça-feira na Síria entre soldados e desertores nas cidades de Atareb, na província de Alepo, e em Kfar Rouma, em Idlib. Não há informações sobre mortos ou feridos.

A ONU tem uma missão de observação no país, com cerca de 270 monitores, mas sua presença não interrompeu a violência no país, embora seu nível tenha diminuído na comparação com meses anteriores. As informações são da Associated Press.

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