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Ex-deputado é detido sob suspeita de ter ajudado Farc

11:56 | 18/05/2012
Um dos doze deputados provinciais sequestrados pelo grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc),dez anos atrás,foi detido sob suspeita de ter ajudado nos planos do sequestro. Sigifredo López, 48 anos, foi detido na quinta-feira por suspeita de assassinato, traição e por eito reféns.

López foi o único dos 12 sequestrados que não foi executado pelos rebeldes em 2007. As circunstâncias das mortes ainda não foram esclarecidas. Ele disse que sobreviveu porque estava num local diferente, porém próximo, quando os rebeldes assassinaram seus colegas, erroneamente confundidos com uma patrulha militar por outro grupo rebelde, que estava se aproximando do campo, sem aviso prévio.

Rebeldes das Farc tinham ordens para matar os reféns ao invés de permitir que eles sejam resgatados.

López disse que foi mantido pelos dois anos seguintes até fevereiro de 2009, quando se tornou o último político libertado pelas Farc. Na época, ele declarou que o fato de ter sobrevivido foi "um milagre de Deus". "Eu espero que tenha havido alguma confusão ou que isso seja um erro", declarou Diego Quintero, irmão de um dos deputados assassinatos.

Ele disse que foi levado a acreditar, com base num vídeo de seu irmão, Alberto Quintero, de que seu irmão e López numa foram mantidos juntos em cativeiro.

López foi detido na terceira maior cidade da Colômbia, Cali, onde ele e os demais políticos foram sequestrados, em 2002, quando estavam no prédio da Assembleia provincial por rebeldes disfarçados de membros das forças de segurança.

Funcionários do escritório do chefe da promotoria disseram, em condição de anonimato, que López ajudou as Farc no sequestro. Segundo eles, vários ex-integrantes da guerrilha testemunharam que López participou do plano.

Um deles afirmou que a promotoria tem um vídeo de um homem, supostamente López, dando instruções detalhadas sobre como cometer o crime.

No vídeo, o rosto do homem não pode ser visto com clareza, mas sua voz é nítida, segundo a emissora de rádio La FM. A rádio informou que as imagens são provenientes de computadores apreendidos em novembro, quando o Exército matou um importante líder rebelde, Alfonso Cano.

Segundo a La FM, o homem que aparece no vídeo explica onde cada deputado estaria, o horário que chegavam e saíram do local e onde ficavam as câmeras de segurança, além de lembrar que nenhum deles carregava armas. As informações são da Associated Press.

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