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Eritreia, Coreia do Norte, Irã e Síria lideram a lista dos países que mais censuram a imprensa no mundo

13:49 | 02/05/2012
Os países que mais limitam o trabalho da imprensa no mundo são Eritreia (na África), Coreia do Norte (na Ásia), Irã e Síria (Oriente Médio). A pesquisa sobre liberdade de imprensa foi feita pela organização não governamental (ONG) Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) e divulgada nesta quarta-feira, 2, em Nova York, nos Estados Unidos. A relação dos dez países que menos respeitam o jornalismo incluem apenas um latino-americano: Cuba.

Na relação estão ainda Guiné Equatorial (África), Uzbekistão (Ásia), Myanmar (Ásia), Arábia Saudita (Oriente Médio), Cuba (América Central) e Bielorússia (Leste da Europa). No estudo, a organização define esses países como locais de forte censura ao trabalho da imprensa.   
O CPJ observou 15 indicadores para analisar cada país. A organização analisou o bloqueio de sites, restrições, limites para o registro e a divulgação de informações, ausência de meios de comunicação de propriedade privada ou independente, restrições aos movimentos de jornalistas no país e monitoramento de suas atividades, entre outros aspectos.

De acordo com a organização, para a elaboração da lista foram considerados apenas os países nos quais as restrições são impostas diretamente pelo Estado. Na Somália e em algumas regiões do México, por exemplo, os jornalistas se auto-censuram devido às ameaças constantes de morte.

O CPJ destaca que na Eritreia, os jornalistas não têm acesso ao país e todos os meios de comunicação nacionais são controlados pelo governo.

A Coreia do Norte, apontada como o país mais fechado do mundo, vive sob o controle da agência de notícias oficial do país. Mas ao longo deste ano foram identificadas duas mudanças significativas no país: a agência Associated Press (AP) abriu um escritório na capital, Pyongyang, e um editor japonês trabalha como voluntário na região.

O Irã aparece em terceiro lugar no ranking por fixar uma série de restrições à entrada de jornalistas estrangeiros no país e monitorar as atividades dos que vivem na região. A Síria, em clima de conflito há quase 14 meses, ficou em quarto na relação. As autoridades sírias proíbem jornalistas e organizações não governamentais estrangeiras de entrarem no país.

Na Guiné Equatorial, a imprensa é controlada direta e indiretamente pelo governo. No Uzbequistão, segundo a organização, não há imprensa independente e os jornalistas que contribuem para a imprensa estrangeira sofrem ameaças constantes. Em Myanmar, a censura também é observada na imprensa, assim como na Arábia Saudita.

Em Cuba, o Partido Comunista, do governo do presidente cubano, Raúl Castro, controla os meios de comunicação nacionais e monitora a ação dos jornalistas estrangeiros no país. Na Bielorússia, a organização alerta que não há imprensa independente. Apesar de não estarem entre os dez piores países para o exercício da profissão de jornalista, o CPJ alerta para a existência de censura no Azerbaijão, na Etiópia, na China, no Sudão, no Turcomenistão e no Vietnã.

Agência Brasil

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