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Diretor-geral da AIEA chega a Teerã para negociar programa nuclear iraniano

07:31 | 21/05/2012
Missão quer obter permissão para inspecionar a unidade militar de Parchin, suspeita de abrigar atividades nucleares. Visita ocorre às vésperas de nova rodada de negociações entre as potências ocidentais e o Irã. Uma missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) chegou nesta segunda-feira (21/05) a Teerã para debater o polêmico programa nuclear do Irã. O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, e outros dois representantes da agência vão se encontrar com o negociador-chefe iraniano para assuntos nucleares, Said Jalili, e também com o ministro do Exterior, Ali Akbar Salehi. A visita, a primeira ao Irã desde que Amano assumiu o cargo de diretor-geral da AIEA, em 2009, tem como finalidade chegar a um acordo com o Irã para a inspeção de lugares "suspeitos", incluindo o complexo militar de Parchin, no qual a agência relatou atividades suspeitas no passado. O Irã não é obrigado a permitir a entrada de inspetores da AIEA em Parchin porque afirma que não há atividades nucleares no local. A permissão para inspecionar Parchin é um ponto central nas negociações. O Irã já negou a inspeção em visitas anteriores, apesar de ter permitido a entrada de inspetores internacionais em 2005. AIEA e Irã já relataram progressos nas negociações em conversas preparatórias, na semana passada. Ao mesmo tempo em que expressa otimismo, Amano diz que não pode prever o que irá acontecer. "Estamos progredindo. Realmente acho que esta é a hora certa de chegar a um acordo." A viagem de Amano, de apenas um dia, é significativa tanto para obter avanços na permissão de inspeção de Parchin como para as negociações que acontecerão nesta quarta-feira em Bagdá, entre Irã, Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha. As seis potências mundiais vão tentar persuadir o Teerã a conter seu programa nuclear e, assim, aliviar as preocupações quanto ao uso de armas nucleares pelo governo iraniano. O Irã, por sua vez, quer acabar com as sanções dos Estados Unidos e da União Europeia às suas exportações de petróleo. KR/ap/afp Revisão: Alexandre Schossler

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