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Chile nega asilo político a juiz argentino acusado de crimes durante a ditadura

Romano é acusado de usar confissões obtidas por meio de torturas como provas contra opositores do regime militar e rejeitar pedidos de habeas corpus feitos por suas famílias à junta militar

09:36 | 18/05/2012

As autoridades do Chile recusaram conceder asilo político ao ex- juiz argentino Otilio Romano, acusado de 103 crimes contra a humanidade, no período da ditadura da Argentina (1976-1983). O ex-juiz passou pela fronteira da Argentina com o Chile, em agosto de 2011, antes de perder a sua imunidade judicial.

A decisão foi tomada pelo governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera. O porta-voz da Presidência da República do Chile, Andres Chadwick, disse que o pedido de asilo político de Romano foi negado por “uma comissão de asilo especial” composta por vários integrantes do governo.

Romano é acusado de usar confissões obtidas por meio de torturas como provas contra opositores do regime militar e rejeitar pedidos de habeas corpus feitos por suas famílias à junta militar. Há relatos de que os documentos desapareciam ao chegar a Romano.

O ex-juiz também é acusado de proteger os militares acusados de terem cometido crimes. O julgamento de Otilio Romano, que negou as acusações, alegando perseguição política na Argentina, é aguardado até dezembro.

 

Agência Brasil

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