Ataque da Al-Qaeda deixa 20 soldados mortos no Iêmen
Ainda não está claro se o ataque dos militantes contra os soldados foi uma retaliação pela morte de Al-Quso, que estava na lista de pessoas mais procuradas pelo FBI, polícia federal dos EUA. Forças do governo iemenita reagiram ao ataque com mais bombardeios contra posições de supostos insurgentes, matando 16 pessoas, que os oficiais do Iêmen disseram ser militantes.
O novo presidente iemenita, Abed Rabbo Mansur Hadi, prometeu melhorar a cooperação com os EUA para combater a Al-Qaeda. No sábado passado, Hadi afirmou que a luta contra a Al-Qaeda ainda está no estágio inicial.
No domingo, o drone dos EUA disparou um míssil que matou al-Quso, o líder mais graduado da Al-Qaeda no Iêmen. Militares iemenitas dizem que al-Quso foi morto na província sulista de Shabwa, onde era monitorado por forças de inteligência. O ataque foi conduzido após uma operação de vigilância da Agência Central de Inteligência (CIA, pela inicial em inglês) e os militares dos EUA. Al-Quso, de 37 anos, estava na lista de mais procurados pelo FBI, que oferecia uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levassem à captura do suspeito. Ele era considerado o mentor do ataque a bomba contra o destroier USS Cole, que ocorreu no porto iemenita de Áden em 2000. O ataque deixou 17 marinheiros norte-americanos mortos e 39 feridos.
Al-Quso ficou preso cinco anos no Iêmen pela participação no ataque ao destroier dos EUA. Ele foi libertado em 2007. Uma mensagem de telefone, alegando ser da Al-Qaeda, confirmou ao braço midiático da rede extremista que al-Quso foi morto no ataque do drone americano.
Segundo os EUA, a ligação de al-Quso com a Al-Qaeda já tinha mais de uma década, quando ele conheceu Osama bin Laden (morto em 2011) no Afeganistão. Bin Laden teria então incitado al-Quso a "eliminar os infieis da Península Arábica".
As informações são da Associated Press.