Strauss-Kahn acusa Sarkozy por ruína política
Strauss-Kahn disse que embora não acredite que o incidente com a camareira Nafissatou Diallo, de 32 anos, tenha sido uma armação, ele acredita que a subsequente escalada do evento, que resultou em uma investigação criminal, foi "moldada por pessoas com uma agenda política".
"Talvez eu tenha sido politicamente ingênuo, mas eu não consegui acreditar que eles iriam tão longe - eu não pensava que eles poderiam encontrar qualquer coisa que me impedisse (de ser candidato)", disse Kahn ao The Guardian O jornal britânico deixa claro que o "eles" na entrevista se refere a políticos da União por um Movimento Popular (UMP), partido da centro-direita francesa do presidente Sarkozy. A entrevista foi feita pelo jornalista Edward Jay Epstein, norte-americano.
Kahn afirmou ter certeza de que estaria hoje no lugar de François Hollande, não fosse o escândalo do Sofitel de Nova York. "Eu planejava fazer o anúncio oficial da minha candidatura em 15 de junho de 2011 e não tinha dúvidas de que seria o candidato do Partido Socialista", disse Kahn.
Após sua detenção, Kahn foi mostrado algemado em Nova York e forçado a viver sob prisão domiciliar nos EUA. Ele teve que renunciar ao cargo no FMI e não se apresentou nas primárias do PS francês. Em agosto do ano passado, promotores de Nova York retiraram as acusações contra ele, ao dizerem que o depoimento de Nafissatou Diallo tinha várias incoerências e até mentiras. Mas Kahn, de volta à França, foi acusado neste ano de frequentar uma rede que trazia prostitutas belgas para a França, as quais participavam de orgias com o ex-diretor-gerente do FMI em hotéis luxuosos em Lille e Paris.
As informações são da Dow Jones.