Síria: governo não retirou soldados, diz oposição
Os Comitês de Coordenação Local, um grupo de ativistas na Síria, disseram que pelo menos 13 pessoas foram mortas hoje no país, seis das quais na província de Homs e cinco em Idlib. Não foi possível verificar os números de maneira independente. Um ataque de insurgentes, em Alepo, matou dois guardas na casa do chefe das Forças Armadas na cidade.
O presidente sírio Bashar Assad concordou na segunda-feira com o prazo final de 10 de abril para implantar o plano de cessar-fogo do enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan. O plano exige que o governo retire os soldados das cidades e respeite uma trégua. Khaled al-Omar, um ativista no subúrbio de Saqba, em Damasco, negou que qualquer retirada esteja ocorrendo. "Isso é impossível. Eu posso ver um posto de controle com soldados, da janela da minha casa", ele disse através do Skype.
Sayyed Mahmud, um ativista em Deraa, disse à agência France Presse (AFP), também através do Skype, que soldados incendiaram 14 casas e estão destruindo alimentos nos armazéns. "É parte de uma campanha do governo para deixar as pessoas esfomeadas", disse.
Também não está claro se os insurgentes e desertores do Exército Livre da Síria (ELS), que operam em várias partes do país, estão respeitando o cessar-fogo. Alguns grupos parecem ter perdido o contato com a sede da organização na Turquia.
Um dos líderes da oposição síria, Riyad Turk, pediu nesta terça-feira apoio ao plano de paz de Kofi Annan e fez mais um apelo pelo diálogo, mas afirmou que antes Bashar Assad precisa renunciar. "Uma solução política precisa começar com o presidente renunciando ao poder", disse Turk.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.