WASHINGTON, 16 Abr 2012 (AFP) - O escândalo sexual que envolveu pelo menos onze agentes do Serviço Secreto que protegia o presidente de Estados Unidos, Barack Obama, na cúpula das Américas na Colômbia é uma devastadora violação da segurança, disse nesta segunda-feira um legislador.

A indiscrição dos agentes secretos põe em risco a segurança nacional, disse o político republicano Darrell Issa, presidente da Comissão de Vigilância da Câmara Baixa, à rede CBS.
Para o legislador, a atuação dos oficiais "comprometeu o círculo de segurança", já que as pessoas com quem se relacionaram poderiam por "todo tipo de microfones" ou, no futuro, "fazer chantagens".

"O que nos preocupa é que o erro de hoje possa levar a uma chantagem em cinco, 10 ou 20 anos", afirmou Issa.

"Supostamente levaram uma prostituta a uma área segura. Por isso há preocupação com espionagem, por chantagem (...). Além de ser um comportamento imoral, há uma preocupação com a segurança", acrescentou o político republicano.

O governo dos Estados Unidos decidiu na sexta-feira afastar e repatriar a Washington os 11 agentes secretos por "má conduta", depois de terem sido acusados de levar prostitutas a seus aposentos na noite de quarta-feira.

Obama declarou domingo que espera uma investigação "exaustiva e rigorosa", apesar de reconhecer que, se as acusações forem verdadeiras, isso o aborreceria muito.