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Breivik diz que sua pena deve ser a liberdade ou a morte

17:42 | 18/04/2012
O norueguês Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas em julho na Noruega, declarou nesta quarta-feira que quer a liberdade ou a morte. Ele também afirmou que a pena a qual pode ser condenado é "patética" e defendeu o retorno da pena capital na Noruega, que foi aplicada pela última vez para executar colaboradores dos nazistas após a Segunda Guerra Mundial.

No terceiro dia de seu julgamento, Breivik foi interrogado pelos promotores sobre o grupo militante antimuçulmano ao qual ele afirma pertencer.

Ele negou a afirmação de que os "Cavalheiros Templários" não existe, mas admitiu que abrilhantou a questão ao descrever o grupo num manifesto de 1.500 páginas que ele publicou na internet antes dos ataques cometidos por ele em 22 de julho de 2011.

"Em princípio, não é uma organização, no senso convencional da coisa", disse ele, descrevendo o grupo como uma rede sem líder constituída por "células independentes".

Os promotores afirmaram aos jornalistas nesta quarta-feira, após a audiência, que não acreditam que o grupo seja real ou que as reuniões que Breivik afirma terem ocorrido na Libéria, Grã-Bretanha e em países bálticos nunca ocorreram.

A questão é de grande importância para determinar a saúde mental de Breivik e se ele será enviado para a prisão ou para uma clínica psiquiátrica por ter realizado o pior massacre da Noruega em tempos de paz.

Se for considerado são, ele pode pegar uma pena máxima de 21 anos, mas também pode ser feito um acordo alternativo que o mantenha preso pelo período em que ele for considerado uma ameaça à sociedade. Caso seja considerado uma pessoa com problemas mentais, ele pode ser encaminhado para cuidados psiquiátricos pelo tempo em que for considerado doente.

"Absolvição ou pena de morte são os únicos resultados lógicos neste caso", afirmou Breivik. "Para mim uma sentença de 21 anos de prisão é patética."

Breivik se descreveu como um combatente da resistência pronto para morrer por sua causa. Ele disse que há muitos "guerreiros de tabuleiro" entre militantes de extrema-direita europeia e que eles têm muito que aprender com a Al-Qaeda, incluindo seus métodos de glorificação e martírio.

O norueguês de 33 anos afirma que imigrantes muçulmanos estão colonizando a Europa com a aprovação tácita de governos liberais e "multiculturais". É por isso que ele diz ter escolhido o ataque à sede do governo em Oslo e o acampamento anual de verão da juventude do Partido Trabalhista. As informações são da Associated Press.

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