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AFP - Desemprego cai, apesar da desaceleração das contratações nos EUA

12:38 | 06/04/2012
WASHINGTON, 6 Abr 2012 (AFP) - A taxa de desemprego caiu a 8,2% nos Estados Unidos em março, apesar de uma sensível desaceleração das constratações no país, segundo cifras oficias publicadas nesta sexta-feira. A notícia foi comemorada pelo presidente Barack Obama, que, no entanto, destacou que ainda é preciso fazer mais para reativar a economia do país. "Nós parabenizamos as notícias de hoje de que nossas empresas criaram outros 121.000 empregados no mês passado e e que a taxa de desemprego caiu", afirmou Obama, advertindo que ainda haverá altos e baixos no processo de recuperação. Em dados corrigidos por variações sazonais, a primeira economia mundial criou 120.000 postos de trabalho, segundo o departamento de Trabalho, muito menos que o calculado pelos analistas, que esperavam 200.000 e uma estabilidade de desemprego em 8,3%. O nível de contratações foi mais alto durente os dois primeiros meses do ano, permitindo a criação de 275.000 empregos em janeiro e 240.000 em fevereiro. Os economistas temem que estas cifras tenham sido infladas pela melhoria do clima, pouco comum para período, que incentivou um aumento da atividade e foi compensado com uma desaceleração em março. O desemprego pode evoluir em sentido contrário à criação de empregos: sua taxa é determinada por pesquisas nos lares, enquanto a criação de emprego é calculada a partir de pesquisas nas empresas, sendo sensível às variações da população ativa (que aumentou meos em março que em janeiro ou fevereiro) e é calculada em décimos de ponto porcentual, com seus efeitos de arredondamento. Desde o verão boreal (hemisfério norte), a tendência da taxa de desemprego é sensivelmente baixa, depois de alcançar ainda 9,1% em agosto. Esta tendência também é clara para outra medida do mercado do trabalho, a taxa de desemprego e subemprego (trabalhadores em tempo parcial contra a vontade, e que abandonaram a busca de um emprego), que caiu 14,5% em março contra 14,9% em fevereiro. Esta é a menor taxa desde janeiro de 2009. O número de desemprego também diminuiu: 12,67 milhões em março, frente aos 12,81 milhões no mês anterior. Por setores, a desaceleração da criação de vagas de trabalho é notória no âmbito privado (121.000 em março, depois dos 233.000 em fevereiro), enquanto que no público o emprego estancou em março, depois de cair nos meses anteriores. A contratação no setor da indústria também permaneceu estável (31.000), enquanto que no dos serviços caiu (90.000 em março frenta aos 204.000 em fevereiro). O governo também destacou a redução de empregos temporários (-7.500), considerados um indicador avançado da atividade econômica. Junto a estas cifras, o departamento do Trabalho celebrou o aumento de 3,6 milhões de postos de trabalho na economia americana, o melhor desde fevereiro de 2010. hh/sl/spc/ja/cn/fp

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