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Strauss-Kahn é acusado de cumplicidade em esquema de prostituição

05:41 | 27/03/2012
Após pagar fiança de 100 mil euros, ex-diretor-gerente do FMI foi liberado e permanece em liberdade condicional. Ele reconhece ter participado de festas com mulheres, mas diz que não sabia que elas eram prostitutas. O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn, de 62 anos, foi acusado nesta segunda-feira (26/03) de envolvimento numa rede de prostituição que recrutava mulheres para clientes de alto poder aquisitivo. A acusação partiu dos juízes encarregados do chamado caso do hotel Carlton, em Lille, no norte da França, segundo advogados de Strauss-Kahn. "Ele declara firmemente não ser culpado de nenhum desses fatos e de sequer suspeitar de que as mulheres em questão pudessem ser prostitutas", afirmou um dos advogados de Strauss-Kahn. O procurador de Lille anunciou que Strauss-Kahn foi posto em liberdade condicional após o pagamento de uma fiança de 100 mil euros. O depoimento de Strauss-Kahn começou no início da tarde. O ex-diretor-gerente do FMI e ex-ministro das Finanças da França saiu do Palácio da Justiça de Lille às 22h locais. Os advogados de Strauss-Kahn anunciaram que vão pedir a anulação da decisão do tribunal de manter o controle judicial sobre o acusado. Segundo um dos advogados, "é incompreensível e contrário ao senso comum utilizar noções de rede organizada para uma simples atividade libertina". A prostituição em si não é ilegal na França, mas os promotores buscam provas de que Strauss-Kahn sabia que as festas eram realizadas por uma rede organizada de cafetinagem. Vários empresários e policiais em Lille foram acusados de fazer parte da rede. Festas de teor sexual O ex-ministro socialista responde pelas acusações de "cumplicidade em rede organizada de proxenetismo" e "abuso de bens sociais". Se for condenado, a pena pode chegar a 20 anos de prisão. Strauss-Kahn é acusado de ter participado em várias festas de teor sexual organizadas por amigos e por dois empresários da região norte de França. As festas aconteceram em várias cidades, incluindo Paris, Bruxelas e Washington. O ex-diretor-gerente do FMI admite ter participado dessas festas. Os juízes procuram determinar se ele sabia que as mulheres eram prostitutas, o que ele nega. Algumas delas disseram que não havia como ignorar essa informação. As acusações contra Strauss-Kahn surgiram depois do escândalo em um hotel de Nova York, quando a camareira Nafissatou Diallo acusou Strauss-Kahn de tê-la atacado no ano passado, o que o levou a renunciar ao cargo à frente do FMI. AS/lusa/afp Revisão: Francis França

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