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Pelo menos 6 mortos em atentado suicída contra presidência somali

15:11 | 14/03/2012

MOGADÍSCIO, 14 Mar 2012 (AFP) - Um atentado suicida no complexo que abriga a presidência somali, reivindicado pelos islamitas Shebab, deixou pelo menos cinco mortos nesta quarta-feira, 14.

O atentado ocorreu em Mogadíscio. No complexo Vila Somália estão construídas a sede da presidência, a residência do presidente do Parlamento, os escritórios do primeiro-ministro e de outros membros do atual governo de transição, informou à AFP a polícia.

Os islamitas do grupo Shebab reivindicaram a ação e afirmaram que a bomba matou 16 pessoas.

"Os Mujahedines realizaram uma espetacular operação mártir no palácio presidencial (...) Pelo menos 16 pessoas morreram", disse o movimento ligado à Al Qaeda em sua conta no Twitter.

Os islamitas afirmaram que o ataque foi cometido durante uma reunião oficial e que entre as vítimas estão funcionários do governo e soldados das forças regulares.

Um jornalista da AFP viu manchas de sangue e restos humanos no local.
"Dois feridos morreram, elevando o número de vítimas para seis", incluindo o suicida, declarou Muktar Abdi Yusud, responsável pela segurança do palácio presidencial.

Segundo um porta-voz da polícia, o atentado deixou mais 10 feridos.
O porta-voz das forças de segurança, Mohamed Amin, afirmou que o presidente somali, Sharif Sheikh Ahmed, e o presidente do Parlamento, Sharif Hasan Sheik Adan, não estavam no local no momento do ataque.

O Shebab combate há mais de quatro anos o governo de transição, que não consegue impor a sua autoridade, apesar do apoio internacional.

O grupo islâmico, expulso de Mogadíscio em agosto, ainda controla parte do centro e do sul da Somália, um país fragilizado por mais de 20 anos de guerra civil.

No início de fevereiro, as forças da Etiópia conquistaram Baidoa, reduto Shebab no sul da Somália.

Tropas do Quênia também enfrentam os shebab.

Além disso, foi criada a força da União Africana da Somália (Amisom) integrada por 10 mil soldados, em sua maioria vindos de Uganda e Burundi.

Em outubro, um outro ataque suicida organizado pelo grupo matou 82 pessoas.

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