PARIS, 28 Mar 2012 (AFP) - O pai do jihadista Mohamed Merah declarou que seu filho errou ao matar sete pessoas na região de Toulouse, no sudoeste da França, em uma entrevista transmitida nesta quarta-feira, 28, pelo canal de notícias France 24.
"Se meu filho estiver realmente por trás do que aconteceu, não é bom", declarou Mohamed Merah Benalel, entrevistado na Argélia pela France 24.

"Se ele realmente cometeu estes crimes e matou pessoas inocentes, estava errado", insistiu Merah.

"Eles eram inocentes. Havia crianças entre eles. Os jovens soldados tinham pais. Havia magrebinos entre eles. Ele não deveria ter feito isso. Se realmente tiver sido ele", acrescentou.

"Se outras pessoas o levaram a cometer tais atos, também estavam errados. Eles o cegaram", disse.

Mohamed Merah, 23 anos, morreu no dia 22 de março durante uma intervenção da policia de elite francesa contra o seu apartamento em Toulouse. A ação durou 32 horas.

Nos dias 11, 15 e 19 de março o jovem matou sete pessoas: três paraquedistas e depois três crianças e um professor de uma escola judaica de Toulouse.

O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, pediu que Mohamed Merah se calasse, após ele declarar à AFP na segunda-feira que denunciaria a França "por matar" seu filho.

"Eu vou pagar os melhores advogados e trabalhar o resto da minha vida para cobrir essas despesas. Denunciarei a França por matar meu filho", declarou Merah.

"A França é um grande país que tinha os meios para prender o meu filho vivo. Eles poderiam ter neutralizado meu filho com gás e assim poderiam detê-lo, mas preferiram matá-lo".