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ONU aprova plano de Annan para pacificar a Síria

16:05 | 21/03/2012
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma mensagem forte e unida ao governo e à oposição da Síria nesta quarta-feira, para que imediatamente as duas partes implementem as propostas do enviado internacional Kofi Annan para o fim da violência no conflito sírio. O comunicado não vinculativo, que não tem força de resolução, foi aprovado pelos 15 integrantes do Conselho e lido no plenário, abordando os seus pontos defendidos por Annan: primeiro, um cessar-fogo unilateral do governo sírio; uma trégua diária de duas horas para retirar feridos das áreas de combate; e a abertura do diálogo político com a oposição para "endereçar as preocupações legítimas do povo sírio". A ONU estima que mais de 8 mil pessoas já foram mortas pela violência na Síria, em pouco mais de um ano de revolta contra o presidente Bashar Assad.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, elogiou o comunicado conjunto e alertou Assad a conduzir o plano de paz ou enfrentar "uma crescente pressão". Hillary disse que o CS da ONU, longamente dividido sobre a questão síria, tomou um "passo positivo" após adotar um comunicado que pede à Síria que implemente imediatamente o plano de paz proposto por Annan. O plano de Annan foi aprovado pela Rússia e pela China, que antes haviam barrado duas resoluções do CS condenando o regime sírio. A Rússia e a China disseram que as duas resoluções barradas eram desequilibradas, uma vez que culpavam apenas o governo sírio pela violência e não faziam nenhuma menção aos opositores. Moscou disse que as resoluções promoviam uma mudança de regime na Síria. A China também elogiou o comunicado e pediu ao governo sírio que cesse a violência "imediatamente".

"A coisa mais importante é que aqui não existem ultimatos e não existem ameaças", disse o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, sobre o comunicado em Berlim. O embaixador francês na ONU, Gerard Araud, disse que "não é uma questão de ameaças ou um ultimato. Nós estamos expressando nosso apoio à proposta de Kofi Annan".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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