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Obama e Cameron descartam mudanças de planos em relação ao Afeganistão

15:11 | 14/03/2012

WASHINGTON, 14 Mar 2012 (AFP) - O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira, 14, não haver planos para mudanças repentinas em relação à retirada das tropas americanas do Afeganistão e confirmou que as forças da Otan mudarão seu status para um papel coadjuvante no ano que vem.

Apesar do número de incidentes sangrentos envolvendo tropas americanas nas últimas semanas, Obama disse que os Estados Unidos se manterão fiéis ao cronograma já acertado com seus parceiros da Otan.

"Neste ponto, eu não antecipo que vamos fazer qualquer mudança repentina adicional ao plano que temos atualmente", afirmou Obama, comandante-em-chefe dos Estados Unidos, em entrevista coletiva conjunta com o premier britânico, David Cameron, após conversas bilaterais na Casa Branca.

"Nós já retiramos 10 mil soldados nossos. Estamos programados para retirar outros 23 mil este verão" (boreal), acrescentou.

Durante as conversas com o premier britânico, Obama disse que os dois líderes tinham "reafirmado o plano de transição" que estabelece "a mudança para um papel coadjuvante em 2013, antes de os afegãos assumirem a responsabilidade total, em 2014".

"Nós vamos cumprir esta missão e vamos fazê-lo de forma responsável e a Otan assegurará que o Afeganistão nunca se torne um lugar para (planejar) um ataque contra nossos países", afirmou o presidente americano durante a coletiva no Jardim Rosado da Casa Branca.

Enquanto isso, Cameron prometeu que não desistirá da operação no Afeganistão mesmo a Grã-Bretanha cumprindo com as etapas finais de sua missão no país.
"A Grã-Bretanha tem lutado ao lado dos Estados Unidos desde o princípio. Temos 9.500 soldados ainda em missão", afirmou.

O premier disse acreditar que a situação melhorou consideravelmente com o reforço americano e que as tropas britânicas adicionais que enviamos tiveram um efeito transformador. "O nível de ataques insurgentes está caindo e o de segurança, aumentando", afirmou.

Obama reconheceu que o povo dos dois lados do Atlântico está cansado após uma década de uma guerra iniciada ao final de 2001 para depor a liderança linha-dura talibã, responsabilizada por dar abrigo ao líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden.

Mas defendeu as ações, afirmando que a Al-Qaeda, que idealizou os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, agora está enfraquecida.

"Acredito que a grande maioria dos povos americano e britânico compreendem porque fomos lá", disse.

"Há uma razão do por que a Al-Qaeda está desbancada e foi dizimada. Há uma razão de por que Osama bin Laden não está sentando em uma mesa planejando complôs contra os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. É porque ele tombou e a habilidade operacional deles diminuiu enormemente", acrescentou.

Obama também confirmou nesta quarta-feira que as forças da Otan no Afeganistão terão um papel de apoio em 2013.

Depois de reunir-se com Cameron, Obama disse que "reafirmou o plano de transição estabelece mudar para um papel de apoio em 2013, antes que os afegãos assumam toda a responsabilidade em 2014".

"Não quero antecipar nesta etapa se vamos fazer mudanças repentinas adicionais no plano que temos atualmente. Já retiramos 10 mil soldados de nossos efetivos. Está programado a retirada de mais 23 mil ainda neste verão (boreal)", informou.

Obama evitou comentar as especulações sobre uma retirada antecipada, após a série de incidentes envolvendo tropas da missão da Otan no Afeganistão (ISAF), sendo o caso mais recente fez 16 civis afegãos mortos pelas mãos de um militar americano.

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