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México e Brasil iniciam reunião sobre acordo automotor

17:25 | 14/03/2012

MÉXICO, 14 Mar 2012 (AFP) - Os ministros da Economia do México e da Indústria e Comércio do Brasil, junto aos chanceleres dos dois países, começaram nesta quarta-feira uma reunião na capital mexicana para destravar as negociações sobre a revisão de um acordo automotor assinado em 2002.

O governo do Brasil pediu ao México para estabelecer uma quota de 1,4 bilhão de dólares em sua exportação de automóveis por três anos, para corrigir um déficit na balança comercial entre os dois países de 1,7 bilhão de dólares a favor do México.

O México, por sua vez, disse que uma revisão nos termos apresentados pelo Brasil seria uma regressão no comércio e poderia torpedear a incipiente negociação de um tratado de livre comércio entre as duas maiores economias da América Latina.

A reunião está sendo realizada na sede da secretaria de Economia do México e "não há um horário estabelecido para acabar", disse uma fonte desse escritório.

O chanceler brasileiro, Antônio Patriota, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, chegaram ao local por volta das 11H15 locais (14H15 de Brasília). Por parte do México participam a chanceler, Patricia Espinosa, e o secretário de Economia, Bruno Ferrari.

O Brasil enfrenta um aumento sensível de suas importações devido à valorização de sua moeda, o que diminuiu a competitividade de sua indústria. O governo aumentou as tarifas dos automóveis importados, mas em virtude do acordo de 2002 não pode fazê-lo com os produzidos no México.

As exportações de automóveis do México para o Brasil aumentaram quase 40% em 2011. O comércio entre os dois países aumentou para cerca de 8,5 bilhões de dólares e 40% dele corresponde ao setor automotor.

O presidente da Associação Mexicana da Indústria Automotiva (AMIA), Eduardo Solís disse aos jornalistas que qualquer acordo para limitar as exportações ao Brasil "teria que ser transitório".

O México é o maior exportador de veículos da América Latina, com uma produção total de 2,5 milhões em 2011 dos quais 2,1 milhões foram vendidos ao exterior, quase 70% deles aos Estados Unidos.

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