Mãe e 3 filhos xiitas têm gargantas cortadas em Bagdá
O pai não estava em casa na hora do ataque. Os policiais disseram que a família havia retornado para casa, na área majoritariamente sunita da capital, 10 meses atrás. Eles haviam fugido da guerra sectária que afligiu o país entre 2006 e 2007. As mortes foram confirmadas por funcionários do necrotério. Todas as fontes falaram em condição de anonimato, porque não estão autorizadas a falar com meios de comunicação.
Al-Qaeda
O grupo de frente da Al-Qaeda no Iraque assumiu, nesta quarta-feira, a responsabilidade pela onda de ataques que matou 46 pessoas em todo o país e disse que a violência mostra a fraqueza da segurança fornecida pelo governo, dias antes da cúpula da Liga Árabe, marcada para a semana que vem em Bagdá.
Os ataques realizados na terça-feira tiveram como alvo peregrinos xiitas na cidade sagrada de Kerbala, forças de segurança e funcionários do governo em Bagdá, além de carros, que foram incendiados perto de uma central de polícia em Kirkuk.
No total, os insurgentes atacaram oito cidades em apenas seis horas, matando 46 pessoas e ferindo 200.
O comunicado do Estado Islâmico do Iraque, postado num site militante nesta quarta-feira, diz que seus "leões sunitas" atacaram o "ridículo" plano do governo de realizar a cúpula no país.
Nesta quarta-feira, uma bomba explodiu perto de uma loja de bebidas alcoólicas no centro de Bagdá e feriu cinco pessoas que passavam, informaram um policial e um médico. As duas fontes falaram em condição de anonimato.
Na semana passada, o governo disse que o Iraque vai enviar um número sem precedentes de forças de segurança para proteger a capital durante a cúpula. Estima-se que 26 mil policiais e soldados - dentre eles mais de 4 mil provenientes do norte e do sul - serão enviados para Bagdá.
Mas cidadãos e legisladores questionam se Bagdá será um local seguro durante a reunião. Extremistas têm lançado ataques em larga escala no Iraque com intervalos de poucas semanas há quase um ano. A violência está longe dos níveis registrados durante o ápice da luta sectária, anos atrás, mas os ataques parecem mais sangrentos, na comparação com os realizados antes da retirada dos militares norte-americanos do país, em dezembro. As informações são da Associated Press.