Jornalistas franceses retirados da Síria chegam a Paris
Mais cedo, uma fonte disse que Edith Bouvier atravessou a fronteira entre a Síria e o Líbano até o Vale do Bekaa, no nordeste do Líbano, e foi levada para o hospital Hotel-Dieu de France, em Beirute, onde chegou logo após a meia-noite de quinta-feira (horário local).
A autoridade libanesa, falando sob condição de anonimato, afirmou que o comboio de ambulâncias e veículos da polícia percorreram as montanhas do Líbano em meio a uma forte tempestade de neve a fim de levar Bouvier e Daniels para Beirute.
Bouvier foi ferida em um ataque com foguetes durante a ofensiva das tropas síria no bairro de Baba Amr, na cidade de Homs. O ataque também matou dois jornalistas ocidentais, a repórter norte-americana Marie Colvin, de 56 anos, e o fotógrafo francês Remi Ochlik, de 28, além de ferir o fotógrafo britânico Paul Conroy, de 47 anos. Conroy conseguiu chegar ao Líbano nesta semana com a ajuda de ativistas sírios, bem como o repórter espanhol Javier Espinosa, que escapou de Homs para o Líbano um dia depois.
No final da tarde desta sexta-feira pelo horário de Damasco, o porta-voz da Cruz Vermelha, Bijan Farnoudi, disse que a organização recebeu do governo os corpos de Ochlik e de Colvin e que eles serão transportados de Homs a Damasco.
Na quinta-feira, ativistas sírios postaram vídeos lúgubres na internet mostrando os enterros dos corpos de Colvin e de Ochlik em um cemitério em Baba Amr. Logo depois, o bairro foi ocupado pelas tropas regulares sírias. O governo sírio disse que retirou os cadáveres das sepulturas e que eles serão entregues pela Cruz Vermelha às famílias.
As informações são da Dow Jones e da Associated Press.