GENEBRA, 29 Mar 2012 (AFP) - A ex-mulher do presidente francês Nicolas Sarkozy, Cécilia Attias, participou das negociações que permitiram libertar, em 2010, um empresário suíço detido na Líbia pelo regime de Muamar Kadhafi, informaram as autoridades suíças nesta quinta-feira.

"O Ministério das Relações Exteriores suíço trabalhou com diferentes atores que poderiam contribuir com a libertação de reféns. Cécilia Attias, assim como outras personalidades, desempenharam um papel positivo", informou o ministério à agência suíça ATS, confirmando informações da rádio francesa.

A emissora France Inter ouviu nesta quinta-feira o atual marido de Cécilia, Richard Attias, que relatou: "Viajei com Cécilia à Líbia (...) a pedido das autoridades suíças para negociar a libertação do engenheiro que trabalhava para o grupo ABB".

"Partimos de Paris, do aeroporto Le Bourget (...) e eu mesmo participei, durante 24 horas, de negociações intensas entre Cécilia e os líbios", que culminaram com a libertação de Max G¶ldi, cinco dias mais tarde.

G¶ldi e outro empresário suíço, Rachid Hamdani, foram mantidos entre 2008 e 2010 em território líbio vítimas de medida de represália adotada pelo governo Kadhafi pela detenção, na Suíça, de um de seus filhos - Aníbal Kadhafi, em julho de 2008.

No dia 18 de setembro de 2009, autoridades líbias levaram Hamdani e G¶ldi da embaixada suíça a um lugar secreto, onde ficaram até 9 de novembro.

Hamdani foi autorizado a deixar o país em fevereiro de 2010, mas G¶ldi chegou a ser condenado à prisão, por infringir a legislação sobre a concessão de vistos.
G¶ldi só conseguiu retornar à Suíça em junho de 2010.

A ex-mulher de Nicolas Sarkozy já havia atuado na libertação das enfermeiras búlgaras, em 2007.