Espanha congela salários e anuncia cortes de � 27 bi
A decisão foi tomada um dia depois da greve que mobilizou pelo menos 800 mil pessoas nas ruas das maiores cidades o paÃs, como Madri e Barcelona. Nessas manifestações, houve incidentes, choques com a polÃcia, depredações e prisões. Durante as manifestações, Rajoy confirmou que apresentaria ontem o projeto de orçamento com cortes e manteria a reforma do mercado de trabalho, apesar da resistência pública.
A promessa foi cumprida no fim da manhã, ao término de uma reunião do Conselho de Ministros. Na saÃda, o ministro do Orçamento, Cristobal Montoro, informou a que os cortes compunham "o maior esforço de consolidação fiscal de nossa história democrática", com o objetivo de ser "crÃvel em 2012". As primeiras medidas dizem respeito à própria administração. Todos os ministérios terão gastos reduzidos em média de 16,9% - ou Â? 17,8 bilhões, sendo o de Infraestrutura o mais prejudicado.
Além disso, os servidores públicos terão os salários congelados ao longo do ano - depois de terem sofrido uma redução de 5% em 2010, promovida pelo governo do socialista José Luis Rodriguez Zapatero. Já a previsão de reajustes de pensões e aposentadorias será mantida, assim como do seguro desemprego, de bolsas de estudo e de programas sociais.
O imposto sobre grandes empresas será elevado, assim como a taxa sobre a venda de cigarros e bebidas alcoólicas. Já a TVA - uma espécie de ICMS europeu - não será alterada "para não prejudicar o consumo e a retomada econômica". Essas medidas fiscais devem representar um aumento de receitas da ordem de � 12,3 bilhões em 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.