WASHINGTON, 27 Mar 2012 (AFP) - O embaixador dos Estados Unidos na Síria, Robert Ford, denunciou nesta terça-feira que o regime sírio comete abusos contra os direitos humanos, e que as forças de segurança "torturam pessoas detidas arbitrariamente", o que pode caracterizar "crimes contra a Humanidade".

O embaixador acrescentou em uma audiência no Congresso americano que o presidente Bashar al-Assad demonstrou "pouco interesse nos direitos humanos", mas se mostrou contrário a uma militarização maior do conflito.

"Mencionei continuamente os direitos humanos durante meu mandato em Damasco, comecei a falar (disso) desde minha primeira reunião" com Bashar al-Assad há pouco mais de um ano, disse Ford.

"Assad se preocupa pouco com os direitos humanos. Na realidade, ele ficou incomodado quando eu falei disso com ele", explicou o diplomata americano, convocado a Washington pelo governo do presidente Barack Obama.

"Seu desprezo (pelos direitos humanos) durante o ano passado aumentou para se transformar em violações dos direitos humanos, que podem caracterizar crimes contra a Humanidade", acrescentou Ford no Comitê de Direitos Humanos da Câmara de Representantes.

As Nações Unidas anunciaram nesta terça-feira que o número de mortos registrado no conflito na Síria supera 9.000.