Defesa pede arquivação de caso no início do julgamento de Strauss-Kahn
NOVA YORK, 28 Mar 2012 (AFP) - A defesa do ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn pediu nesta quarta-feira, 28, à justiça civil americana o arquivamento do processo por agressão sexual iniciado pela camareira Nafissatou Diallo, em uma audiência preliminar realizada em Nova York.
O novo capítulo dos problemas judiciais de Strauss-Kahn nos Estados Unidos chega apenas dois dias depois de seu indiciamento na segunda-feira na França por "proxenetismo com formação de quadrilha" no chamado caso do hotel Carlton.
A primeira audiência preliminar do processo civil, presidida pelo juiz Douglas McKeon, começou pouco depois das 14h00 locais (15h00 de Brasília) em um tribunal do Bronx (norte de Nova York) sem a presença de Strauss-Kahn nem de Nafissatou Diallo, a camareira que o acusou de uma "agressão sádica e violenta" no dia 14 de maio de 2011 em um quarto do Sofitel de Manhattan.
Sete meses depois do abandono das acusações penais em Nova York contra o diretor-geral do FMI, seus advogados pediram que seja levada em consideração a imunidade que, a seu ver, possuía no momento dos fatos.
O caso "deve ser arquivado", afirmou nesta quarta o advogado Amit P. Mehta na sala de audiência, lembrando que seu cliente dispunha do "mesmo tipo de imunidade diplomática de outros altos funcionários e diplomatas".
A acusação de Diallo provocou a detenção do então diretor geral do FMI, que era o principal candidato socialista às eleições presidenciais francesas, e o início de sua descida ao inferno.
Embora a Procuradoria de Manhattan tenha retirado as acusações penais por inconsistências nas declarações da funcionária de hotel e Strauss-Kahn tenha sido liberado, os advogados de Diallo recorreram à justiça civil para exigir um valor não indicado em dinheiro por perdas e danos.