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Manifestações contra e a favor de Putin em Moscou

De acordo com a polícia da capital russa, mais de 20.000 opositores e quase 90.000 partidários do primeiro-ministro estavam reunidos neste sábado em Moscou

13:26 | 04/02/2012
MOSCOU, 4 Fev 2012 (AFP) -Dezenas de milhares de pessoas desafiaram neste sábado, 4, o frio glacial e saíram às ruas de Moscou para participar em duas manifestações rivais, a favor e contra o domínio político do primeiro-ministro russo Vladimir Putin, um mês antes da eleição presidencial.

. Os números da oposição geralmente não conferem com os das forças de segurança.

"Às 12H30 (6H30 de Brasília), 90.000 pessoas estavam reunidas em Poklonaia Gora (local da passeata a favor de Putin) e 23.000 na Bolshaia Iakimanka (local do protesto da oposição). As pessoas continuam chegando", informa o site da polícia moscovita.

Vladimir Putin foi presidente da Rússia de 2000 a 2008 e atualmente é o chefe de Governo. Seu protegido e atual presidente, Dmitri Medvedev, espera ocupar o cargo de primeiro-ministro depois das eleições.

A manifestação contra Putin - a terceira desde as polêmicas eleições legislativas de 4 de dezembro - é considerada um teste crucial para a capacidade dos militantes de impor um desafio real ao homem forte da Rússia.

Milhares de pessoas com casacos de pele e botas para a neve integraram a passeata através de Moscou para exigir que Putin deixe o poder antes das eleições de 4 de março, quando o premier tentará recuperar o antigo posto no Kremlin.

Ativistas da oposição, muitos deles com fitas brancas - um símbolo do movimento de protesto que Putin comparou a preservativos - exibiam faixas com frases como: "Continuaremos até que saiam" "Mubarak, depois Kadhafi e depois Putin".

As passeatas acontecem apesar do frio intenso, que deve chegar a 17 graus negativos em Moscou.

Os partidários do governo batizaram seu evento de "protesto antilaranja", uma referência à Revoluão Laranja da Ucrânia em 2004, que expulsou do poder o antigo regime e irritou o Kremlin.

Os ativistas pró-Putin desejam demonstrar que o primeiro-ministro conserva um genuíno apoio popular.

Nos últimos dias foram divulgadas denúncias de que funcionários de empresas estatais receberam ofertas de dinheiro ou até mesmo ordens para comparecer ao evento a favor do governo.

De acordo com o jornal opositor Novaya Gazeta, membros do Parlamento e seus auxiliares foram obrigados a participar na passeata pró-Putin, apesar do frio intenso.

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