Incêndio em prisão hondurenha pode ter matado 300
"A maioria deve estar morta, embora outros possam ter sofrido queimaduras, escapado ou sobrevivido", afirmou ela. O incêndio começou na noite de terça-feira, na cadeia localizada na cidade de Comayagua, 140 quilômetros ao norte da capital, Tegucigalpa.
O porta-voz dos bombeiros de Comayagua, Josué Garcia, disse ter visto cenas "horríveis" ao tentar apagar o fogo, dizendo que os presos se revoltaram durante suas tentativas de escapar. Segundo ele, "cerca de 100 prisioneiros morreram queimados ou sufocados em suas celas".
"Nós não conseguimos retirá-los porque não tínhamos as chaves e não pudemos encontrar os guardas que as tinham", afirmou Garcia.
Autoridades investigam se o fogo foi iniciado por prisioneiros ou por um curto-circuito, disse Danilo Orellana, chefe do sistema prisional nacional.
Um prisioneiro identificado como Silverio Aguilar disse à rádio HRN que alguém começou a gritar "Fogo! Fogo!" e os prisioneiros pediram ajuda.
"Durante algum tempo, ninguém ouviu. Mas após alguns minutos, que pareceram uma eternidade, um guarda apareceu com as chaves e nos deixou sair", disse ele.
Centenas de parentes dos detentos correram para o hospital Santa Teresa, em Comayagua, à procura de informações sobre os prisioneiros, declarou Leonel Silva, chefe dos bombeiros de Comayagua.
De acordo com Marder, 12 vítimas receberam tratamento no Santa Teresa e nove no Hospital Escola, em Tegucigalpa, elevando o total de feridos para 21. "É por isso que achamos que o número de mortos vai aumentar", declarou ela.
Marder disse que vai levar pelo menos três meses para identificar as vítimas, já que algumas ficaram carbonizadas e serão necessários testes de DNA.
Em julho de 2010, o presidente Porfirio Lobo declarou emergência em nove das 24 prisões de Honduras. Na época, o ministro de Segurança considerou as prisões "universidades do crime" que estavam superlotadas. As informações são da Associated Press.