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Governo ocupa Hama em 30º aniversário de massacre

16:21 | 02/02/2012
Tropas e policiais sírios cercaram e ocuparam nesta quinta-feira a cidade de Hama, enquanto manifestantes espalharam tinta vermelha pelas ruas para simbolizar o 30º aniversário de um massacre que aconteceu na cidade conduzido por Hafez Assad, pai do atual presidente sírio Bashar Assad. Em 1982, as tropas de Hafez Assad mataram milhares de pessoas em Hama, quando esmagaram uma rebelião da Irmandade Muçulmana síria. Mas nesta quinta-feira, centenas de policiais e soldados estavam espalhados pelas ruas da cidade.

"Existe um posto de controle a cada 100 metros", disse Ahmed Jimejmi, morador de Hama. Mesmo com a presença maciça das tropas, os ativistas conseguiram pintar de vermelho duas ruas de Hama. Eles também pintaram de vermelho algumas das famosas rodas d´água de Hama, que ficam no rio Orontes e tornaram a cidade conhecida desde a Idade Média. Pichações feitas em muros da cidade diziam: "Hafez morreu, Hama vive. Bashar morrerá, Hama viverá".

Há 30 anos, Hafez, pai de Bashar ordenou um assalto contra Hama, onde então ocorrida uma rebelião contra o seu poder. A Anistia Internacional estima que entre 10 mil e 25 mil pessoas foram mortas, embora os números sejam conflitantes e o governo sírio nunca tenha divulgado uma estimativa sobre a violência. Hafez morreu em 2000.

Agora, a Síria enfrenta uma revolta em maior escala contra Bashar Assad. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 5.400 pessoas foram mortas desde março do ano passado, quando começou a rebelião.

As informações são da Associated Press.

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