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Forças de segurança chinesas matam 2 tibetanos a tiros

11:06 | 10/02/2012
Forças de segurança mataram a tiros dois irmãos tibetanos que fugiam após terem participado de um protesto contra o governo chinês em janeiro, informou a Rádio Free Asia, sediada nos Estados Unidos. As mortes ocorreram um dia depois de um monge ter ateado fogo ao próprio corpo também .

A China iniciou uma nova onda de repressão depois de pelo menos outros dois tibetanos terem sido mortos, numa série de protestos em janeiro. Pequim afirma que se trata de uma batalha contra forças que tentam separar o Tibete do restante da China.

Segundo a Rádio Free Ásia (RFA), grupo que transmite notícias em várias línguas, entre elas o tibetano, Yeshe Rigsal, um monge de 40 anos , e seu irmão de 38, Yeshe Samdrub, foram mortos a tiros na quinta-feira na província de Sichuan, sudoeste do país.

Citando como fonte um monge exilado que tem contatos na região, a RFA disse que os dois irmãos estavam fugindo nas montanhas quando forças de segurança os cercaram e atiraram.

A dupla havia participado de um protesto no condado de Luhuo, predominantemente tibetano, no dia 23 de janeiro. A manifestação se tornou violenta quando a polícia matou a tiros pelo menos uma pessoa. Tumultos também foram registrados em outras duas áreas de Sichuan.

Na quarta-feira, um monge com pouco mais de 30 anos ateou fogo ao próprio corpo na província de Qinghai, outro local com grande população de tibetanos étnicos, informaram o grupo Tibete Livre e a RFA.

Com isso, sobre para pelo menos 17 o número de pessoas que se autoimolaram no último ano em áreas habitadas por tibetanos em protestos contra o governo chinês, na medida em que as tensões se intensificam em razão do aumento da percepção sobre da repressão religiosa, política e cultural.

A China responsabiliza o dalai-lama pela maior parte dos tumultos. Chen Quanguo, chefe da região autônoma do Tibete, disse na quinta-feira que a luta contra o líder espiritual exilado e vencedor do prêmio Nobel da Paz será difícil.

"Nossa luta contra o grupo do dalai-lama será longa, complicada e, em alguns momentos, aguda", disse ele ao jornal estatal Tibet Daily. As informações são da Dow Jones.

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