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China pede que AIEA reforce cooperação com o Irã

11:13 | 16/02/2012
A China pediu nesta quinta-feira que a agência de energia nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) reforce sua cooperação com o Irã, numa tentativa de restaurar a confiança sobre as ambições nucleares de Teerã, depois de o país revelar progressos em seu programa atômico.

Na quarta-feira, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad anunciou novos passos no programa nuclear, numa atitude desafiadora aos Estados Unidos e à União Europeia, que acreditam que o Irã está desenvolvendo armas nucleares, acusação negada pelo Irã.

"Como signatário do Tratado de Não-proliferação, o Irã tem o direito de fazer uso pacífico da energia nuclear, mas também deve cumprir suas obrigações internacionais", disse porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Liu Weimin.

"A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve fortalecer o contato e a cooperação com o Irã com o objetivo de restaurar a confiança da comunidade internacional sobre a natureza pacífica do programa nuclear iraniano. "

Ahmadinejad revelou na televisão estatal o que descreveu como o primeiro combustível iraniano enriquecido a 20% produzido no país, para o reator de pesquisa de Teerã.

Este nível de enriquecimento está muito distante do necessário para a produção de armas nucleares, mas o processo de enriquecimento é o mesmo e observadores temem que o Irã possa enriquecer urânio até o grau de pureza para a fabricação de armamentos em pouco tempo.

A AIEA disse que vai enviar um grupo de alto nível para Teerã na semana que vem para discutir as suspeitas de que o Irã trabalha para obter armas nucleares.

O Irã, que afirma que seu programa tem propósitos exclusivamente pacíficos, tem repetido que não vai abandonar o programa de enriquecimento de urânio apesar das quatro rodadas de sanções do Conselho de Segurança da ONU que exigem que Teerã abandone do projeto.

Aliada próxima do Irã, a China tem criticado as recentes sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra o Estado islâmico e pede que as negociações internacionais sobre a questão sejam retomadas. As informações são da Dow Jones.

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