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Carros-bomba matam 25 em Alepo, diz governo da Síria

08:57 | 10/02/2012
Dois ataques com carros-bomba contra postos de segurança mataram 25 pessoas e feriram outras 175 nesta sexta-feira em Alepo, segunda maior cidade da Síria, afirmou a televisão estatal do país, citando o Ministério da Saúde.

O ativista Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, disse que ocorreram três explosões em Alepo, uma delas perto de um prédio da inteligência militar. A TV estatal síria confirmou que havia soldados entre os mortos, atribuindo o ataque a "gangues terroristas armadas". Rahman disse que houve três explosões, na cidade do norte do país. Elas ocorreram nos bairros de Sakhur e Marjeh e na região de Dawar el-Basel.

Também nesta sexta-feira, tanques atacaram um bairro de Homs, no oeste da Síria, enquanto soldados lançavam buscas casa por casa nesta zona da cidade nesta sexta-feira, disseram ativistas. "Os tanques entraram no bairro de Inshaat durante a noite", disse Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos.

Inshaat fica perto de Baba Amr, um foco de protestos em Homs onde forças do regime mataram desde sábado mais de 400 pessoas, segundo ativistas. Abdel Rahman disse que as forças do governo estavam nas principais ruas de Inshaat, enquanto tanques disparavam em Baba Amr de uma ponte posicionada entre os dois bairros.

As forças de segurança seguiam para áreas abandonadas e começaram a danificar casas, móveis e carros nas ruas, disse Rahman à France Presse, por telefone. "A situação humanitária está muito, muito ruim em todos os bairros que foram atacados, incluindo Baba Amr e Khalidyeh", afirmou o ativista. "Não há comida nem remédios, e isso é o que as pessoas mais pedem."

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que não tem intenção de intervir militarmente na Síria, disse nesta sexta-feira o secretário-geral da entidade, Anders Fogh Rasmussen. "A Síria não está na agenda da Otan. Não temos qualquer intenção de intervir na Síria", afirmou Rasmussen, durante entrevista à emissora turca NTV.

Mais de 6 mil pessoas foram mortas no país desde o início dos protestos contra o regime do presidente Bashar Assad, duramente reprimidos pelas forças oficiais. A Rússia e a China vetaram uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para condenar o regime de Assad pela violência. As informações são da Dow Jones.

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