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Bento XVI denuncia "a incompreensão e a traição" que pesam sobre a Igreja

15:39 | 22/02/2012

CIDADE DO VATICANO, 22 Fev 2012 (AFP) - A Igreja Católica vive um tempo de "aridez" e de "deserto" no momento em que se acumulam sobre ela "as nuvens do egoísmo, da incompreensão e da traição", revelou nesta quarta-feira, 22, o Papa Bento XVI, por ocasião da abertura da Quaresma.

Na colina do Aventino, Bento XVI presidiu o ritual da "Quarta-Feira de Cinzas" que inaugura a Quaresma, período de jejum e de purificação, antes da Semana Santa, tempo central da fé cristã que comemora a crucificação, e, depois, a ressurreição de Cristo.

Foi no minipapamóvel elétrico que se deslocou entre duas igrejas, a de Santo Anselmo e a de Santa Sabina.

Bento XVI explicou o sentido da "Quarta-Feira de Cinzas" durante a qual os fiéis recebem, na testa, um sinal da cruz, feito de cinzas: "Este signo nos leva ao grande afresco da criação, na qual o ser humano é uma única unidade de matéria e de sopro divino".

Antes, durante a audiência geral no Vaticano, o Papa destacou que a Igreja sofre "uma aridez, uma pobreza de palavras e de valores, de secularismo e materialismo, que reduzem o ser a um horizonte mundano sem referência à transcendência".
"Eis porque", disse ele, "o céu se obscurece sobre nossas cabeças, coberto pelas nuvens do egoísmo, da incompreensão e da traição".

"Apesar de tudo, o tempo de deserto pode ser, para a Igreja de hoje, um tempo de graça, porque temos a certeza que Deus pode fazer brotar água viva da rocha mais dura", acrescentou.

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