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Militantes da Al-Qaeda tomam cidade do sul do Iêmen

12:07 | 16/01/2012
Militantes da Al-Qaeda tomaram nesta segunda-feira o controle da cidade de Radda, ao sul da capital do Iêmen, conquistando posições do exército e invadindo a prisão local, de onde libertaram pelo menos 150 detentos.

A captura da cidade, que fica na província de Bayda, a cerca de 160 quilômetros ao sul de Sanaa, ressalta a crescente força da Al-Qaeda no Iêmen. O grupo se aproveita da fraqueza do governo central que luta para conter quase um ano de enormes protestos contra o governo.

A oposição acusa o presidente Ali Abdullah Saleh, que deve deixar o cargo neste mês segundo um acordo de transferência de poder, de permitir que os militantes tomem a cidade para apoiar suas afirmações de que ele precisa permanecer no poder dar segurança ao país contra o crescente poder dos militantes islamitas.

Funcionários de segurança disseram que os militantes formaram um cordão de isolamento ao redor de Radda, impedindo moradores de deixar ou sair da cidade, além de matarem dois soldados e ferirem um terceiro em confrontos com tropas do exército.

Os combatentes invadiram a cidade a partir de vários pontos que haviam capturado durante o final de semana, dentre eles um antigo castelo do qual se sê toda a cidade, uma escola e uma mesquita.

Eles libertaram entre 150 e 200 prisioneiros, dentre eles um número incerto de militantes leais à Al-Qaeda. Segundo os agentes de segurança, alguns dos detentos se uniram aos militantes após receberem armas.

Os militantes tomaram armas e veículos das forças de segurança após matarem dois soldados. Os demais militares fugiram. Os agentes de segurança falaram em condição de anonimato, pois não estão autorizados a falar com meios de comunicação.

Um fotógrafo da Associated Press, que visitou Radda no domingo, disse que os militantes estavam armados com granadas propelidas por foguetes, rifles automáticos e outras armas. Segundo ele, moradores disseram que uma faixa preta da Al-Qaeda foi hasteada no topo da mesquita capturada no final de semana.

As fontes de segurança estima que cerca de 200 militantes atacaram a cidade nesta segunda-feira.

"Nós estamos surpresos com o silêncio das forças de segurança", disse o ativista opositor Abel-Rahman al-Rashid, que vive em Radda. "Elas não fizeram nada, o que significa que tudo foi montado para espalhar o caos." As informações são da Associated Press.

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