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Legislador iraniano diz que Obama propôs conversações

17:38 | 18/01/2012
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu a realização de conversações diretas com o Irã. Segundo o legislador conservador iraniano Ali Motahari, o pedido foi feito por meio de uma carta secreta ao líder supremo da República Islâmica, Ali Khamenei, na qual Obama também fez advertências sobre o fechamento do Estreito de Ormuz. Funcionários da Casa Branca negaram a existência de tal carta.

O Irã ameaçou fechar a passagem marítima, por onde passa cerca de um sexto de todo o fluxo mundial de petróleo, por causa das novas sanções dos Estados Unidos a seu programa nuclear.

Ali Motahari revelou o conteúdo da carta dias depois de o governo Obama ter afirmado que estava advertindo o Irã, por meio de canais públicos e privados, contra qualquer ação que ameaçasse o fluxo de petróleo pelo Golfo Pérsico.

"Na carta, Obama pediu conversações diretas com o Irã", disse Motahari nesta quarta-feira, segundo a agência de notícias semioficial Fars. "A carta também diz que o fechamento do Estreito de Ormuz é a linha vermelha (para Washington)", afirmou o legislador. "A primeira parte da carta contém ameaças e a segunda traz uma oferta de diálogo."

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, confirmou que Teerã recebeu a carta e que estava estudando a possibilidade de uma resposta.

Em Washington, um funcionário da Casa Branca negou que Obama tenha enviado uma carta para Khamanei. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Tommy Vietor, lembrou que os Estados Unidos têm uma série de meios para comunicar seus pontos de vista ao governo iraniano. Segundo ele, os Estados Unidos continuam engajados em atrair Teerã para as negociações e encontrar uma solução diplomática para questões maiores, como o programa nuclear iraniano.

A Marinha iraniana realizou recentemente jogos de guerra perto da passagem marítima. Os exercícios navais foram descritos por políticos extremistas como parte das preparações para o fechamento do estreito, caso novas sanções fossem impostas.

No mês passado, os Estados Unidos aprovaram novas sanções que têm como alvo o Banco Central do Irã e sua capacidade de vender petróleo no exterior por causa do programa nuclear do país.

Os Estados Unidos adiaram a implementação das sanções por pelo menos seis meses, preocupados com a alta dos preços do petróleo num período no qual a economia global enfrenta vários problemas. As informações são da Associated Press.

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