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Geithner agradece apoio do Japão para sancionar Irã

08:55 | 12/01/2012
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, afirmou nesta quinta-feira que agradece a cooperação do Japão para lidar com o Irã, durante visita ao país asiático. Geithner pressiona algumas nações para que reduzam suas importações de petróleo iraniano, a fim de pressionar a nação persa por seu programa nuclear. Além disso, os EUA avaliam modos de reduzir a presença do Banco Central do Irã no sistema financeiro global. Durante a visita, o governo do Japão afirmou que pretende reduzir em 10% sua dependência do petróleo iraniano.

"Nós agradecemos a cooperação do Japão", afirmou Geithner após uma reunião com o ministro das Finanças japonês, Jun Azumi. Geithner disse que os EUA estão nos primeiros passos das consultas a seus aliados para impor sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear. O governo norte-americano acusa Teerã de buscar secretamente armas nucleares, porém o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad garante ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia.

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, disse que concordava com os EUA no temor em relação ao programa nuclear iraniano, mas disse que uma nova lei norte-americana prevendo sanções sobre o Irã pode causar sério impacto para a economia japonesa, segundo uma transcrição da conversa entre as duas autoridades nesta quinta-feira. Noda disse que, dependendo de como for implementada, a nova sanção ao Irã "terá um sério impacto sobre as economias globais e a japonesa" em particular.

A lei dos EUA prevê punições para bancos globais que façam negócios com o BC iraniano, e há temores sobre o impacto econômico dessa legislação em países que importam petróleo iraniano como China, Japão e Coreia do Sul. Antes de ir ao Japão, Geithner visitou a China e discutiu o caso iraniano com autoridades chinesas.

Geithner disse também nesta quinta-feira que Washington enviará uma equipe ao Japão na semana que vem, para discutir as sanções ao Irã.

A União Europeia anunciou que pretende barrar a importação de petróleo iraniano, mas ainda precisa determinar um cronograma para a adoção da medida. As informações são da Dow Jones.

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