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CIDH pede reformas nos direitos humanos em Cuba após morte de preso

O opositor político preso, Wilmar Villar, morreu devido a 50 dias de greve de fome

18:20 | 23/01/2012
WASHINGTON, 23 Jan 2012 (AFP) -A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta segunda-feira, 23, ao governo cubano que faça reformas para garantir o respeito aos direitos humanos, após a morte do opositor preso Wilman Villar, durante greve de fome.

A CIDH condenou a morte de Villar, operador têxtil de 31 anos que morreu na quinta-feira passada após uma greve de 50 dias, e expressou solidariedade a seus familiares em um comunicado.

Há uma "situação permanente de transgressão em Cuba dos direitos fundamentais de suas cidadãs e cidadãos", pelas restrições aos direitos políticos, à liberdade de expressão, à falta de eleições e à falta de independência do Poder Judicial, disse a Comissão.

O organismo pediu "ao Estado [cubano] para fazer as reformas necessárias conforme suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos".

A CIDH, que integra a Organização dos Estados Americanos (OEA), lembrou que condenou, em fevereiro de 2010, a morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamayo, que morreu de inanição após quase três meses de greve de fome.

A OEA reverteu em 2009 a resolução que, em 1962, excluiu Cuba, mas Havana não mostrou interesse em retornar ao organismo.

Como Cuba continua sendo um Estado-membro, apesar de não ser ativa, a CIDH sustenta que pode se pronunciar sobre situações na ilha.

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