Fortaleza registra 33 dias seguidos de chuvas entre março e abril

Situação hídrica dos açudes melhora. Com estrutura urbana precária, Fortaleza registra transtornos no trânsito e alagamentos

Fortaleza registrou 33 dias consecutivos com chuva — entre 3 de março e essa segunda-feira, 4 de abril — com índices variando entre maior e menor quantidade de precipitação, de acordo com dados disponibilizados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Neste período, a maior chuva na Capital aconteceu na última terça-feira, 29, quando o posto pluviométrico localizado no bairro Caça e Pesca marcou 138,5 milímetros (mm) de chuva. Na sequência, aparecem os dias 28 e 11 de março, com 88,4 e 81,2 mm de chuva, respectivamente.

Com as precipitações, Fortaleza registrou quase o dobro do volume de chuvas esperado para o mês de abril: 638,4 milímetros, quando o considerado normal pela Funceme é 324,1 mm. Na Região Metropolitana da Fortaleza (RMF), o município de Horizonte, localizado a 45 quilômetros da Capital, também apresentou resultado similar, com 97,1% do número de chuvas acima do esperado segundo a média histórica. Já no restante do Estado, as maiores médias foram localizadas na macrorregião do Cariri.

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A situação hídrica cearense também melhorou diante das chuvas recentes. O açude Castanhão, maior reservatório do Estado e que abastece a Capital e a RMF, atingiu seu maior volume em quase sete anos na última sexta-feira, 1º de abril. Conforme dados do Portal Hidrológico, gerido pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o Castanhão registra 16,77% de volume de sua capacidade total, com mais de 11 mil metros cúbicos de aporte nas últimas 24 horas. No início do ano, o volume era de pouco mais de 8% da capacidade.

 

Outro problema que tem se tornado mais frequente diante com as fortes chuvas são os transtornos no trânsito de Fortaleza. Na última semana, por exemplo, o viaduto da avenida Oliveira Paiva precisou ser interditado após o surgimento de um buraco na via. A previsão é que o viaduto, que já foi liberado parcialmente para o tráfego, receba reparos até a próxima semana, de acordo com estimativa inicial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Já desde o início de março, caminhões-pipa precisaram retirar água do túnel Governador Beni Veras, na avenida Alberto Sá, que precisou ser interditado em dias diferentes desde o início das fortes chuvas. Nesse caso, a gestão municipal disse que está realizando a manutenção das bombas de drenagem no equipamento e projetou que a situação seria solucionada até o fim de março. Segundo a administração, o furto de cabos de energia elétrica e o mau-funcionamento de bombas elétricas no local, causaram a recorrência dos problemas. Os alagamentos também têm complicado a vida de moradores de vias em bairros como a Aerolândia.

Diante do cenário, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) fez uma lista com as principais vias que devem ser evitadas pelos motoristas em dias de chuva forte. Entre elas, estão as avenidas Doutor Theberge, José Bastos, Heráclito Graça e Pontes Vieira, além dos túneis Borges de Melo e Rogaciano Leite. A população deve acionar a Defesa Civil, por meio do número 190, da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), em caso de qualquer risco. A pasta informa que os agentes trabalham em regime de plantão, 24h, para atender às demandas da população.

 

 

 

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