Risco de desabamento na obra da maternidade da Unimed ainda será avaliado
Segundo a Defesa Civil, a obra é protegida por grades, e não há risco de, em caso de desabamento, alguém se ferirO risco de desabamento e as causas do incêndio que atingiu a obra do Hospital Materno-Infantil da Unimed Fortaleza, na manhã desta quinta-feira, 20, ainda serão avaliados a partir dos laudos periciais da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e de engenheiros calculistas da construtora. Até o momento, a obra não tem previsão de ser retomada e fica paralisada até a liberação dos órgãos.
Agentes da Defesa Civil estão no local realizando a perícia. Segundo eles, como a obra é protegida por grades, não há risco de, em caso de desabamento, alguém da população se ferir. O objetivo da avaliação é saber também qual o plano de segurança para a obra. De acordo com o capitão Felipe Ribeiro, do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), comandante da operação, as chamas foram debeladas. Outros riscos, como de desabamento, só serão confirmados após um laudo estrutural com a presença de engenheiros.
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As chamas começaram por volta das 6h30min e, às 8 horas, estavam controladas pelos bombeiros. De acordo com Flavio Ibiapina, diretor de recursos próprios da Unimed, o incêndio começou antes do horário de trabalho no canteiro de obras e, assim que o incêndio foi identificado, os bombeiros foram acionados. Segundo informações da construtora, alguns funcionários estavam no refeitório. Outros batiam o ponto quando o fogo foi avistado.
"Nós acompanhamos essa questão da segurança na obra com plano de evacuação, brigadas de incêndio. Naturalmente, a gente jamais deseja que isso aconteça com pessoas no local, mas também estamos preparados para uma eventualidade", explicou o diretor da Unimed.
"Primeiro, os bombeiros, que já estavam aqui no local vão emitir um laudo. Depois, a Defesa Civil também é responsável por fazer essa perícia para posterior liberação da obra. Além disso, os engenheiros calculistas da construtora vão fazer essa análise para completar o trabalho", acrescenta o diretor.
O incêndio atingiu o último andar do prédio, onde a estrutura de concreto estava em processo de conclusão. No local, existiam materiais inflamáveis como coberturas de plástico, comuns em obras civis. Bosco Viana, gerente de obras da construtora, avalia que no local existiam outros materiais, como madeira e metal, e que não foi possível apagar o fogo com um extintor de incêndio porque as chamas subiram muito rápido. Ele diz que ainda é cedo para saber as causas do incêndio. "A gente não sabe o grau de comprometimento da estrutura ainda, vamos avaliar", pontua.
O projeto do Hospital Materno-Infantil prevê área construída de 28 mil m² e um investimento de R$ 145 milhões. Quando finalizada, a unidade teria capacidade de 15 mil atendimentos por mês, segundo estimativas da Unimed Fortaleza.
A unidade de saúde foi anunciada em agosto de 2020, com previsão de entrega em ainda este ano, mas devido à pandemia, o prazo ficou para 2022. Neste mês de maio, o local estava com 42% das obras concluídas.