Igreja de Fátima volta a realizar missas presenciais nos fins de semana

Retomada das atividades religiosas no modelo presencial durante o sábado e o domingo é celebrada pelos fiéis

Após um longo período de inatividade de forma presencial durante os fins de semana, os templos religiosos estão aptos a receberem os fiéis novamente. De acordo com o decreto vigente, divulgado no primeiro dia de maio, com validade entre os dias três e nove deste mês, as igrejas podem funcionar com até 25% da capacidade total aos sábados e domingos.

As celebrações religiosas em formato presencial estão permitidas até às 17h. Por meio de um comunicado, a Arquidiocese de Fortaleza reforça que os encontros em formato presencial ocorram sempre com total respeito às medidas decretadas. A nota destaca que as missas devem ocorrer em horários convenientes, para que os fiéis tenham tempo de retornarem às suas residências, sem ferir o horário do toque de recolher estabelecido.

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Segundo o art. 2º do decreto vigente, o “toque de recolher” será observado no Estado do Ceará, das 20h às 5h, de segunda a sexta-feira, e das 19h às 5h, no sábado e domingo. Na última sexta-feira, 7, o governador anunciou que as medidas vigentes do atual decreto serão prorrogadas até o próximo dia 16 maio.

A manhã nublada deste sábado, 8, foi marcada pelo reencontro de fiéis com os templos religiosos. Para os que têm uma semana corrida, os fins de semana são ideais para fortalecer a fé.

"Fico muito feliz, a gente estava precisando disso. Sou católico, não muito praticante, mas procuro estar aqui pelo menos uma vez por semana, estava sentindo muita falta, é muito importante. Principalmente nesse momento, com esse vírus e essa loucura que estamos vivendo hoje, faz falta", relata Jonas Luiz, dono de restaurante.

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Dentre os fiéis, há quem já tenha matado a saudade da igreja durante a semana, mas não consegue ficar longe durante os fins de semana.

"Voltei desde a semana passada, é uma experiência muito boa voltar aos sábados também. Por mais que a gente participe de forma online, pra mim, é totalmente diferente. A presença de Jesus é muito reconfortante. Tenho sentido segurança, gosto muito de frequentar essa igreja, porque ela é muito ampla. As pessoas ficam bem distantes, realmente me sinto segura. Estou vindo todos os dias que eu posso, geralmente estou aqui uma três ou quatro vezes por semana, é sempre assim, vago", destaca a artesã Eusimar Silva, 49.

Quanto às medidas de proteção, Lia dos Santos, 48, que faz parte da pastoral da acolhida da Igreja de Fátima, era uma das responsáveis por manter o ambiente seguro. Prontamente, Lia aferia a temperatura de todas que chegavam ao templo, além de sinalizar os locais que deveriam ser ocupados. Logo na entrada, totens disponibilizavam álcool em gel para os fiéis.

"Orientamos que eles fiquem apenas com duas pessoas por banco, se for da mesma família e da mesma casa, até umas quatro pessoas, aconselhamos que se sentem juntas no meio do banco. Se as pessoas não forem da mesma casa, pedimos para que se sentem nas pontas. No momento da comunhão estamos sempre passando álcool em gel nas mãos das pessoas. No final, a saída da missa ocorre pelas laterais para que não se afunile apenas na entrada principal. Tem sido muito tranquilo, as pessoas respeitam", destaca.

Dentre os fiéis presentes na igreja, um deles demonstrava bastante intensidade em suas orações. Posicionado discretamente em um dos cantos do templo estava Robinson de Castro, presidente do Ceará Sporting Club. Horas antes da final da Copa do Nordeste, o mandatário alvinegro fazia sua preces.

"Toda vida eu venho à Igreja de Fátima, todos os jogos, mesmo quando ela está fechada, eu fico aqui na frente e faço a minha oração. Sempre procuro manter o meu espírito forte e tranquilo, mantendo assim o coração mais leve. Pedindo as graças para os meus familiares, saúde, proteção e, ao mesmo tempo, também a proteção, para que Nossa Senhora cubra com seu manto nossos atletas e comissão técnica diante desse jogo importante", destaca Robinson.

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Expectativa de dias melhores

A reabertura dos templos religiosos não alegra apenas aqueles que buscam a Igreja para fortalecer a fé, mas também serve de esperança para os que vivem da movimentação ocasionada pelas missas. Robério Lima, 51, estava com sua barraquinha montada, à espera de dias melhores.

"Se Deus quiser, vai ser bom pra gente no dia das mães, caso a igreja abra para receber os fiéis. As coisas precisam melhorar, as coisas estão feias para todo mundo. Com a benção de Nossa Senhora, nós vamos acabar com esse coronavírus com essa vacina", acredita.

Robério, que trabalha vendendo artigos religiosos, conta que os últimos meses foram difíceis, e que muitos colegas ainda não voltaram a vender, já que a movimentação ainda está fraca.

"Foram dois meses em casa, só não choro porque sou forte e acredito em Deus. Tomara que amanhã e no dia 13 a gente apure alguma coisinha. Hoje, está parado, aqui era para ter muita barraquinha e, hoje, só tem eu e outro rapaz", explica o ambulante, que trabalha com vendas desde os seus 18 anos.

Para o domingo, a Igreja de Fátima possui programação para missas em quatro horários distintos: 7h, 9h, 12h e 15h. Todas as celebrações devem ocorrer com no máximo 25% da capacidade, além disso, os fiéis devem fazer o uso obrigatório da máscara e ficarem atentos ao distanciamento social.

 

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