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Hemoce em 2020: Mesmo com queda em doações de sangue, Ceará serve de apoio para outros Estados

Procura e oferta por bolsas de sangue foi proporcional durante o pico da pandemia

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, de mil brasileiros, apenas 16 são doadores de sangue. Em março de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus começou em muitos Estados, foi registrada uma redução de 30% nas doações. No Ceará, segundo o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), a queda foi de aproximadamente 10%.

Segundo Luciana Carlos, diretora geral do Hemoce, mesmo com a diminuição de doadores, não houve desproporção com relação à demanda. “A gente precisa que haja um equilíbrio da demanda e do estoque, por isso é importante que as pessoas tenham uma iniciativa constante, altruísta e voluntária. Conseguimos organizar a coleta, e isso resultou em uma estabilidade".

45% dos doadores do Hemoce são pessoas que doam sangue mais de uma vez por ano. Luciana diz ter se surpreendido por constância permanecer em 2020. “O Ceará tem um perfil muito interessante, as pessoas se comprometem. A gente tinha expectativa. Nós não sabíamos se as pessoas iam sair de casa para fazer a doação, e as pessoas realmente compareceram. A doação não foi abandonada no Estado, todo mundo entendeu que é preciso doar sangue, que precisa ser feita de uma forma regular”.

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A diminuição do fluxo de carros nas vias resultou em uma queda no número de acidentes no mês de março. De acordo com o Detran, entre 17 e 31 de março de 2020, houve uma diminuição de 61% da quantidade de acidentes, se comparado ao mesmo intervalo de tempo do ano anterior. Luciana comenta que, no mesmo período, houve uma diminuição na demanda por bolsas de sangue. “Os números de transfusão de sangue diminuíram em março, abril e maio. Agora a demanda já voltou à normalidade, isso possibilitou que a gente ajudasse outros Estados, que estavam em situação de emergência”.

Desde maio, o Hemoce adotou medidas de agendamento e extensão dos horários de funcionamento dos postos para atender a população de forma rápida e segura, controlando o fluxo de pessoas. Durante os períodos mais fortes da pandemia, e de isolamento rígido, a instituição chegou a colocar postos em supermercados. “É bonito ver como as pessoas tinham compromisso com o agendamento. No começo, a gente teve uma queda nas doações, principalmente em maio, então a gente se reorganizou para manter o fluxo de doadores, (...) fizemos postos nos supermercados, que era praticamente o único local que as pessoas estavam indo”, comenta.

O Hemoce também funciona para cadastro de doadores de medula óssea, sendo o Ceará o maior estado do Norte-Nordeste em inscrições, com mais de 200 mil. O centro faz parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que coleta e cruza dados de doadores e pacientes do Brasil. “Além de centro de cadastro, somos um centro coletor, servimos de suporte para outros locais”, completa Luciana.

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