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Chefe de facção criminosa é capturado ao desembarcar no Aeroporto de Fortaleza

Homem foi condenado a 15 anos de prisão por extorsão mediante sequestro. Ele pousou no aeroporto e apresentou documento falso
07:40 | Dez. 07, 2020
Autor Angélica Feitosa
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Tipo Notícia

Atualizada às 12h50min

Um homem apontado como um dos chefes de uma organização criminosa local foi preso pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), nesse fim de semana. A captura ocorreu no último sábado, 5, quando Jackson Gonçalves de Albuquerque, 33, desembarcava no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Ele é conhecido como "Jack Sparrow" e "Zé Bob" e, segundo as investigações, ele teria ido à Bolívia para negociar drogas que seriam encaminhadas para abastecer grupo criminoso do Ceará, em Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa na Superintendência da Polícia Civil, no Centro, no fim da manhã desta segunda-feira, 7.

"É um trabalho constante da Polícia Civil capturar criminosos que pensam que por migrarem para outro estado, a Polícia não os alcançará", informa o delegado geral da Polícia Civil, Marcus Rattacaso. De acordo com o delegado, ao chegar ao aeroporto, Jackson apresentou documentação falsa e, como ele vinha sendo acompanhado pela Draco, a Polícia já sabia até qual o nome falso que ele estava usando. A prisão foi feita com o cumprimento de mandado e o criminosos também foi enquadrado pelo uso de documento falso. Jackson já é condenado a 15 anos de prisão por extorsão mediante sequestro ocorrido em 2011. Ele responde também por outros crimes, como homicídio, tráfico de drogas e, agora, pelo uso de documento falso.

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Márcio Gutierrez, diretor de polícia judiciária especializada, conta que a prisão é resultado de estratégia da Polícia Civil de identificar, localizar, monitorar e prender homens de alta hierarquia das organizações criminosas. “Nós temos um trabalho constante de localizar pessoas que tenham algum tipo de poder decisório no crime. As organizações criminosas vem tendo constantes baixas, não só dentro, mas fora do Estado. Isso é fruto desse monitoramento que vem sendo feito pela Polícia Civil”.

A suspeita é de que ele tenha se dirigido até a cidade de Guajará-Mirim, em Rondônia, cidade limítrofe com a Bolívia, para tratar de negociações com o tráfico de drogas. “O trabalho continua para tentar identificar essas ações e dificultar a entrada de drogas no nosso Estado e, dessa forma, arrefecer os índices de crimes violentos”, aponta Harley. A prisão ocorreu no saguão do aeroporto e, como foi vigiada, impossibilitou qualquer tipo de reação. “Quando ele ia pegar um táxi, a equipe conseguiu prendê-lo. Com ele, foram apreendidos 10 mil em dinheiro bolivar, moeda da Bolívia, e um celular. Ele estava fazendo uso de tornozeleira eletrônica há mais e um ano, rompeu o equipamento há três meses e estava, segundo disse à Polícia, procurando emprego e "vivendo como cidadão de bem".  A Polícia deve investigar a razão pela qual ele retornou ao Estado. Segundo ele informou aos agentes, ele voltou ao Ceará porque não estava mais "dando certo" a vida por lá".

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